Alckmin libera celular em escolas estaduais para fins pedagógicos

Estudantes poderão usar o aparelho desde que orientados por educadores; governo garante monitoramento e filtro de conteúdo

Ana Paula Niederauer, O Estado de S.Paulo

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), sancionou nessa segunda-feira, 6, uma lei que permite a utilização de celulares para fins pedagógicos em salas de aula das escolas da rede estadual de ensino. 

Com a sanção da lei, estudantes dos ensinos fundamental e médio poderão utilizar os aparelhos desde que orientados por educadores.

Alckmin disse que o uso de celulares em salas de aula para fins pedagógicos torna a escola mais atraente para os jovens e melhora a qualidade de ensino. 

"A internet no celular abre inúmeras possibilidades de atividades e pesquisa. Então, será um grande salto em benefício dos alunos", argumentou o governador. 

O pedido para o uso dos aparelhos foi feito pelo secretário da Educação, José Renato Nalini. 

De acordo com Nalini, é preciso manter o aluno interessado em aprender. "O ensino prelecional está sendo questionado em todos os ambientes. Se quisermos manter o aluno interessado em aprender, temos de usar a linguagem dele. A linguagem de seu tempo", disse o secretário. 

Wi-fi e banda larga na rede estadual

Segundo o governo do Estado, até outubro de 2018, todas as 5 mil escolas estaduais serão equipadas com sistema wi-fi e banda larga. O objetivo, segundo a gestão de Geraldo Alckmin, é modernizar a rede. A instalação da Internet sem fio terá início nas salas dos professores e de informática.

Já as unidades que participam do Escola da Família também poderão utilizar a conexão aos fins de semana, em áreas indicadas por cada equipe gestora. 

Dois links vão abastecer as escolas: Intragov (do governo estadual e já existente) e Telefônica. O reforço garante a conexão permanente e a possibilidade de distribuir o sinal entre atividades pedagógicas e administrativas. 

O governo, no entanto, garante que o monitoramento e o filtro de conteúdo acessado pelos estudantes será mantido.

Matéria publicada na Folha de S. Paulo

 

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