Corredor de ônibus e moradia são os principais investimentos previstos

Por Artur Rodrigues 

O Orçamento da cidade de São Paulo para o ano que vem está focado na realização de obras demoradas e de grande porte, como a construção de corredores de ônibus e de moradias populares. Muitas delas, porém, ainda não foram iniciadas e dificilmente serão concluídas até o fim do mandato, em 2016.

Desse montante, R$ 1,9 bilhão está previsto para a mobilidade urbana, o equivalente a 25% dos investimentos.

O transporte público continua sendo a principal aposta da gestão Fernando Haddad (PT), com destaque para a implantação e requalificação de corredores, que consumirá R$ 1 bilhão.

Segundo a secretária municipal de Planejamento, Leda Paulani, o objetivo é viabilizar o cumprimento da meta de construção de 150 km de ônibus. "São projetos de longa maturação", afirma.

Uma das críticas que se faz à gestão é que as faixas de ônibus –implantadas à direta da via, nos horários de pico– têm impacto limitado na melhoria do transporte.

Até agora, de acordo com site da prefeitura que contabiliza as metas, foram construídos 36 km de corredores e licitados outros 44 km.

Enfrentando constantes protestos de grupos de sem-teto, a gestão também pretende priorizar a construção de moradias populares.

Os gastos em projetos para o setor consumirão R$ 1,1 bilhão, sem incluir os financiamentos do programa federal Minha Casa, Minha Vida.

Haddad prometeu construir 55 mil moradias. Segundo balanço divulgado em junho, 2,4 mil foram concluídas, 13 mil estão em obras e 16 mil estão contratadas.

Para zerar o deficit habitacional real na cidade, seria necessária a construção de 230 mil moradias.

Nesse setor, também estão previstas verbas para regularização fundiária e de favelas –área em que vereadores costumam fazer pressão para agradar às suas bases.

Obras de drenagem, proteção de mananciais e saúde também estão entre os investimentos mais significativos.

A construção de dois hospitais, o da Brasilândia (zona norte) e o de Parelheiros (zona sul), está nos planos para 2015.

Matéria originalmente publicada no jornal Folha de S. Paulo

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