Metrô de SP registra dois casos de descarrilamento de trens em 15 dias

Apesar de informar que descarrilamentos de trens são raros, o Metrô de São Paulo registrou dois casos de composições que saíram dos trilhos no período de 15 dias. Não há informações sobre passageiros feridos nesses acidentes.

primeiro descarrilamento ocorreu no dia 7 de fevereiro, na Linha Vermelha do Metrô, a mais movimentada, na Zona Leste da capital paulista. O segundo caso foi na terça-feira (21), na Linha Lilás, a menor do sistema, na Zona Sul.

Procurado para comentar o assunto, o Metrô informou que, apesar de os dois casos serem de descarrilamento de trens, as causas deles são diferentes.

No descarrilamento ocorrido na Zona Leste, o equipamento que apresentou defeito chama-se truck. Ele possui rolamentos, que derreteram e foram substituídos. O trem da Linha Vermelha é o da frota K, uma das mais antigas do Metrô.

“O rolamento por algum motivo que não conhecemos superaqueceu e rompeu”, disse Milton Gioia Júnior, diretor de operações do Metrô.

Já no caso do descarrilamento da Zona Sul, deve ficar pronto em dez dias o laudo preliminar que vai indicar a causa do descarrilamento da composição da linha Lilás. Fabricado pela empresa francesa Alstom, em 2002, o modelo F, saiu do trilho, durante a madrugada de terça-feira (21). Dentro dele, estavam nove passageiros.

O trem descarrilou no único trecho inaugurado até agora na obra de extensão da Linha Lilás do Metrô, na Estação Adolfo Pinheiro.

A obra de extensão dessa linha foi alvo de uma ação do Ministério Público (MP), que investigou se houve fraude na licitação. O processo tramita na Justiça desde 2011. Já o Metrô investiga agora, se o descarrilamento de terça-feira foi provocado por falha humana ou um problema na extensão da linha, recém construída.

O Bom Dia São Paulo localizou o trem que descarrilou perto de onde parou a obra de extensão da Linha Lilás, na Estação Adolfo Pinheiro. Imagens gravadas com celular mostra a marca do descarrilamento no trem.

Quem embarcava a tarde na Estação Capão Redondo era informado que tinha que mudar de trem na Estação Largo Treze.

"Atenção, devido a uma falha em equipamento de via, os trens estão circulando de Capão Redondo ao Largo Treze. Usuários com destino a Adolfo Pinheiro, dirigir-se à plataforma oposta”, informava o sistema de som dentro dos vagões.

“Eu tô atrasada, vou perder meu horário por causa de metrô, isso é um absurdo”, disse Valderez Antonio, auxiliar de faturamento.

“Já fica meio cabrero, fica com medo. Alguma coisa tá acontecendo de anormal, né?!”, falou o garçom Antônio Vieira Marques.

Mesmo diante dos descarrilamentos, o Metrô alega que os padrões de segurança estão mantidos.

"O Metrô de São Paulo é o mais seguro do mundo. Casos de descarrilamentos são raros. Tivemos dois casos em 20 dias; é raro. Os nossos processos são regulados por normas internas e obedecem os mesmos patamares,os mesmos requisitos de outro metros do mundo", declarou Gioia Júnior, diretor do Metrô.

Matéria originalmente publicada no portal do G1

Compartilhe este artigo