Mortalidade infantil cai 15% na capital

Na zona sul, a queda foi de 22,3% no comparativo entre 2007 e 2015, segundo balanço divulgado pela Secretaria Municipal da Saúde

De Secretaria Executiva de Comunicação

A Secretaria Municipal de Saúde divulgou na segunda-feira (9) um balanço sobre a taxa de mortalidade infantil na capital paulista. De acordo com os dados consolidados, os números de mortalidade –10,72 por mil nascidos vivos– caíram 15% em 2015, na comparação com 2007, quando o índice foi de 12,57 por mil nascidos vivos.

As regiões periféricas da cidade registraram os maiores índices de melhora: em 2007, a taxa de mortalidade infantil na zona leste estava em 13,60 por mil nascidos vivos. Já em 2015, passou para 11,69 por nascidos vivos – uma redução de 14%. Na zona sul, a taxa caiu 23,3%: de 13,84 em 2007 para 10,61 no ano passado.

As três supervisões de Saúde que registraram a maior queda entre 2007 e 2014 foram: Itaim Paulista (de 15,4 em 2007 para 13,7 em 2014), Capela do Socorro (de 17 em 2007 para 10,6 em 2014) e Santo Amaro/Cidade Ademar (11,6 em 2007 para 8,7 em 2014). Os dados de 2015 por supervisão regional estão em fase final de consolidação.

“Nós atingimos a menor taxa de mortalidade infantil. E ela vem caindo intensamente desde 2013, quando assumiu o prefeito Fernando Haddad. A queda, quando a gente compara 2012 para 2015, é 1,5 vez mais rápida do que a queda que existiu nos quatro anos anteriores, de 2009 a 2013. E essa queda é mais importante na periferia da cidade”, disse o secretário de Saúde, Alexandre Padilha.

“Quando mais alto o patamar, mais fácil você traz a taxa para baixo. E quando você está mais perto de um dígito, fica cada vez mais difícil. Então, o importante é que apesar de ter se tornado mais difícil, a taxa de queda aumentou nos últimos três anos em comparação com os três anos anteriores”, comentou o prefeito.

Entre os fatores essenciais para a redução da taxa de mortalidade infantil, o secretário de Saúde destacou a mudança na contratação das Organizações Sociais de Saúde (OSS), que agora são obrigadas a manter uma equipe mínima de profissionais em cada unidade; a abertura de dois concursos públicos para o setor, com a criação de um plano de carreira para esses profissionais; a chegada de 244 profissionais do Programa Mais Médicos e o aumento em 13% (de 7.629.612 em 2012, para 8.627.064 em 2015) no número de consultas de atenção básica, com a redução no tempo de espera para consultas nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) de 33 para 24 dias.

“Além de mais consultas e de menor tempo de espera, a qualidade, a capacidade de resolver tem sido maior. Até 2012, de cada 100 consultas que aconteciam na atenção básica, um quarto delas (ou seja, 25%) demandava uma consulta com especialista. Esse é um patamar muito alto e que mostra que atenção básica resolvia pouco. Isso está em 12,6 no dado de março de 2016”, explicou Padilha.

Cirurgia urológica pediátrica

Outro balanço positivo apresentado pela Secretaria de Saúde foi a queda na fila de espera por cirurgias urológicas. Em outubro de 2015, a Prefeitura implantou uma ação, concentrada no Hospital Infantil Menino Jesus, para ampliar a oferta de cirurgias urológicas pediátricas.

No início do plano, 6.223 crianças passaram por consulta de avaliação para uma possível cirurgia urológica. Dessas, 2.986 foram indicadas para realizar a cirurgia, sendo que 2.098 já foram operadas e as outras 888 estão agendadas para os próximos meses.

“Esse é o resultado de um grande esforço, a partir da implementação do Hospital Dia, da Rede Hora Certa do Menino Jesus, em parceria com o Hospital Menino Jesus, com o Hospital Sírio-Libanês, que foi de reduzir a fila do principal problema cirúrgico, com a maior quantidade de espera das nossas crianças”, disse Padilha.  

Criada pela Prefeitura em 2013, a Rede Hora Certa disponibiliza serviços de saúde especializados destinados à redução do tempo de espera e à qualificação do atendimento. Os hospitais reúnem, em um único local, médicos e exames especializados e centros cirúrgicos ambulatoriais para a realização de pequenas cirurgias eletivas. A ideia é de que a rede funcione junto ao modelo hospitalar convencional, contribuindo para desafogar os hospitais gerais.

A Secretaria da Saúde planeja que, a partir do segundo semestre deste ano, toda criança que nascer na rede municipal com alguma indicação de avaliação pré-cirúrgica urológica saia da maternidade já encaminhada para a avaliação com o cirurgião. Dessa forma, a fila será zerada.

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Matéria publicada originalmente no portal da Prefeitura de São Paulo.

 

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