Saída para cracolândia tem que ser apartidária, diz CEO da Porto Seguro

O setor privado está disposto a ajudar a prefeitura a recuperar a cidade, mas antes os governantes precisam concatenar bons projetos, diz o presidente do Grupo Porto Seguro, Fabio Luchetti, 51.

Com 10 mil funcionários instalados a duas quadras da cracolândia, em Campos Elíseos, a empresa é uma das maiores a concentrar suas atividades no centro de São Paulo e não pensa em sair da região.

Nos últimos quatro anos, inaugurou teatro para 508 pessoas e espaço cultural. "Se fizermos mais atividades, mais pessoas virão, e isso vai criando vida para o bairro."

À frente de um grupo com duas dezenas de negócios e lucro líquido de quase R$ 1 bilhão em 2016, Luchetti diz que a atividade econômica começa a melhorar, mas os problemas do país não se resolverão na próxima gestão.

"Não adianta só trocar o presidente. Todo o modelo é dependente de negociatas."

Folha – Há estratégia empresarial em concentrar as operações no centro da cidade?

Fabio Luchetti – Estamos em Campos Elíseos há mais de 40 anos, e crescemos aqui. Não foi nada planejado, foi uma forma de se organizar.

Mas muitas empresas começaram aqui e preferiram sair porque achavam que estar no centro era ruim para a imagem.

A deterioração veio em duas ondas, em 1940 e em 1960.

A Porto chegou aqui em 1977. Essa deterioração é um processo invisível, você não percebe ela se instalando, é muito sutil. E fomos ficando. E se também saíssemos de Campos Elíseos seria um horror, o processo de deterioração do bairro seria muito acelerado.

Além de ficar, por que investiram mais aqui?

Uma forma de estancar os processos de deterioração é gerar convívio. Tenho 10 mil pessoas trabalhando aqui, mas às 18h ficava muito vazio.

Com o teatro e o espaço cultural, passou a haver atividade de terça a domingo. Até as 23h chega gente, está tudo iluminado, carro que entra e sai, taxista. As pessoas vêm.

Portanto, se ativarmos mais, fizermos outras atividades, outros espaços, as pessoas virão, e isso vai criando vida para o bairro e trazendo a consciência de que no fundo esse patrimônio cultural todo é da cidade, das pessoas.

A cracolândia não preocupa?

Pontos de concentração de usuários de droga também existem na Vila Leopoldina e vários outros pontos da cidade. Em algum momento isso vai se encaminhar, pois não pode ficar desse jeito.

Como encaminhar?

Realmente é um drama. Quando há harmonia entre prefeitura e governo estadual, eles concatenam projetos. Quando não há, por dissidências políticas, piora. Fica nesse efeito sanfona.

A solução que tem que ser muito articulada e apartidária, envolve segurança pública, saúde, há questões de ordem humanitária.

É muito legal que se esteja disposto a fazer algo, mas onde está a estrutura? Estados e município têm que conseguir mostrar que estão se articulando. Só dessa forma vão convencer todo mundo.

Como a recente intervenção na cracolândia afetou a empresa?

Muito mais no medo que gera nas pessoas que do ponto de vista prático.

Tentamos tanto fazer as pessoas aproveitarem o centro de São Paulo, com a beleza que o centro tem, "pode vir que é tranquilo". Ele chega aqui e está essa confusão toda.

Na reunião em que a prefeitura avisou de intervenções na sua vizinhança, apresentou alguma solução mais articulada?

Sempre que há troca de prefeitura, como somos muito atuantes na região, eles sempre vêm conversar sobre a situação do bairro, e o que temos dito é que estamos dispostos a ajudar.

O prefeito [João] Doria [do PSDB] tem pedido apoio da iniciativa privada e o que a gente diz é que precisamos ter uma visão clara de qual é o projeto.

Não adianta ficar fazendo apoios a iniciativas completamente isoladas. "Ah, pinta um viaduto, ajuda a recuperar um imóvel", mas no que isso resulta? Essas ações estão ligadas a quê?

É fundamental que haja entendimento da prefeitura e do governo do Estado sobre como olham o bairro, um lugar que tem carga histórica enorme, de cultura, de arquitetura, de aparelhos culturais, sobre como a cidade usa isso e que projeto a prefeitura tem.

Se entendermos que agrega valor, estamos dispostos a apoiar. Mas coisas estanques que não se conectam com nada não faz sentido.

Há perspectiva de um projeto coordenado?

Há alguns meses comentaram que fariam uma ação coordenada na região para combater a questão do crack. Queriam montar uma logística que começasse a conduzir esse tema de maneira organizada atendendo a todos os pleitos e, a partir daí, começariam a discutir como fazer o resgate do centro da cidade.

A Porto Seguro aplicou no bairro medidas receitadas por urbanistas, como diversificar os usos e aplicar tecnologia para melhorar a zeladoria. Dá para medir o impacto?

Começamos a perceber que a deterioração do bairro vinha da falta do cuidado. Uma das apostas é que, em função da crise institucional, moral, há uma desconexão entre o cidadão e os órgãos competentes.

O maior fiscalizador tem que ser o cidadão, que está na rua e paga imposto. Mas, como as pessoas não acreditam mais, as coisas vão ficando de lado.

Criamos então uma associação com o projeto de ir depois entregando para o próprio bairro e, se desse certo, expandir para vários outros bairros.

Hoje, 43 funcionários voluntários percorrem 30 e poucos quarteirões de manhã, à tarde e quando escurece. Anotam tudo o que é de zeladoria: luz apagada, calçada quebrada, lixo jogado na rua.

Fomos discutir com a subprefeitura como encaminhar, e aí vimos a dificuldade. A empresa que cuida da luz é uma, a que cuida do lixo é outra. Não adianta só mandar um registro no SAC da subprefeitura, não há acompanhamento, nem follow-up (resposta sobre soluções). Tudo é feito para dar errado e o cidadão desiste de reclamar.

Na associação, concentramos tudo o que identificamos, encaminhamos já para as empresas diretamente combinadas, copiando a subprefeitura.

Funciona?

Pasme: resolvemos 80% dos problemas. Amanhã ou depois, se a Mooca quiser fazer algo parecido, basta trocar os quarteirões. O que precisa é uma combinação de fatores: alguém forte que patrocine no começo –e nem é caro– e disciplina de fazer as conexões acontecerem e amadurecerem.

No site, empresários e comerciantes da região poderão anunciar por um valor pequeno, que vai sustentar a manutenção do site e do aplicativo.

Ao mesmo tempo, isso conecta a comunidade. Sempre que recebemos solução de uma calçada ou uma luz avisamos quem reclamou. É fundamental, porque começa a estabelecer a confiança a esperança.

Ele pensa em avisar de novo, porque acredita que funciona. Tem que ter continuidade, senão não vale a pena perder tempo. O momento, devagarinho, é de tentar entregar para a comunidade.

De vez em quando fazemos evento, trocamos os sacos de padaria anunciando a associação, as caixas de pizza, colocamos músicos nas esquinas, para mostrar para o cidadão que ele precisa fazer a parte dele.

Você falou em crise moral; está se referindo a quê?

Tudo o que estamos vendo no país nos últimos dois anos.

Tenho uma visão mais otimista: as pessoas estão indignadas, mas ao mesmo tempo estão entendendo o papel do Senado, do Supremo, estão discutindo política em qualquer nível, em qualquer lugar, qualquer estrato social.

Isso vai trazer um nível de consciência e percepção muito bom. E está trazendo agentes novos.

Escuto vários empresários, pessoas que vão viver muito mais tempo com mais atividade e saúde. As empresas aposentam as pessoas aos 63 para gerar oportunidades para os mais jovens.

E o que eu faço dos 60 aos 80? Vai para a política! Vai fazer alguma coisa, né?

Essa indignação também começa a fazer isso. Fica todo mundo reclamando, então vamos ser mais protagonistas. Muitas pessoas com experiência em gestão começam a se interessar em querer resolver o problema, porque pensam "eu faço parte dele". Se a cidade não melhora, se o país não melhora, tudo piora.

Você pensa em entrar para a política?

Gosto de falar bastante disso. Mas, para entrar, precisa ter uma preparação, porque o universo da política é muito diferente.

O mundo da iniciativa privada é muito rápido, na esfera política é bem mais complexo. Você vai fazer um viaduto, tem desapropriação, associação dos passarinhos.

Vai ouvir todo mundo, cada um tem uma opinião, entra ação na Justiça, tem que esperar ela correr, é uma loucura. Então muita gente desiste, porque a sensação de frustração é enorme.

Tenho um desejo de fazer um projeto aqui na Porto Seguro, dependendo da envergadura, levo dois ou três anos para fazer. Mas faço. Você pega um prefeito, ele tem só quatro anos.

Por exemplo, fazer o teatro aqui e o centro cultural levou quatro anos. Se eu fosse um prefeito eu pensaria "será que vou fazer mesmo isso? Quando eu for inaugurar esse negócio já não sou eu".

Ao mesmo tempo, nessa coisa micro de tentar conversar com a prefeitura e articular cada ponto, vemos que muita coisa é possível.

No fundo, deveria haver uma separação. Quem está na liderança precisa ser político, porque há toda uma seara de negociações com o Legislativo, votações, é preciso ter a vocação política.

Mas, a partir do segundo escalão, deveria ser tudo profissionalizado. Se todo secretário quer ser prefeito um dia, se todo ministro quer ser presidente um dia, ficam todos só com bandeiras e discursos políticos.

Ninguém está 100% do tempo discutindo as questões da pasta pela qual é responsável. Não há estímulo para fazer o que não aparece, e isso vai criando um processo de deterioração.

Se você não cuida da sua casa, um dia uma torneira pinga, num outro uma telha solta, se ficar seis anos sem fazer manutenção no seu imóvel ele vai deteriorar. Isso está acontecendo com o país.

A função de um governo ou uma prefeitura é prestar serviço para a comunidade, como uma empresa. O foco tem que ser o da prestação de serviço.

E qual seria a motivação para que os funcionários do governo prestassem direito os serviços, se não houvesse ambição política?

Não vamos ser demagogos. Para atrair um bom executivo, preciso acenar com remuneração x, participação nos lucros e tal. Para ter um bom executivo-ministro, ele não pode ganhar R$ 10 mil por mês.

Se ele vai cuidar de assunto de extrema importância, que tem a ver com o futuro da nação, ele precisa ter uma boa remuneração -mas associada aos entregáveis. Quanto melhor faz a pasta, com consistência e sustentabilidade, mais a ganhar. Que fique milionário, mas é justo.

Você falou em novos atores nas próximas eleições. Qual a sua perspectiva?

Está bastante turvo, mas, pelos nossos próprios números percebemos uma melhoria da economia. Mais lenta do que se esperava, mas há uma ativação. O fluxo continuará.

Para mim é uma grande incógnita ainda o que vai acontecer com o Temer, se o atual presidente fica ou sai.

O Planalto já pensa em ceder na idade da aposentadoria das mulheres, estão tentando diminuir a pressão e o estresse. Se vai ser bom do ponto de vista real não se sabe, mas do ponto de vista político será, até chegar nas novas eleições.

A questão é quais as opções que vão surgir, quem serão os candidatos, se vão surgir novos protagonistas. Eu acho que vão, mas ainda não vai ser nesta eleição que tudo vai ser resolvido e encaminhado.

Está se falando muito de reforma trabalhista, da Previdência, mas muito pouco da reforma política. Esse monte de partidos que estão aí, mais de 30, a questão que nunca se resolve do voto obrigatório, questões que blindam esse núcleo político e não estão mudando.

Não adianta trocar o presidente, porque ele não faz nada. Todo o modelo hoje de política é muito dependente dessas negociatas, pois tudo tem que passar pelo Congresso.

Você tem uma lei maravilhosa, uma ideia linda, mas tem que costurar no Congresso para conseguir a aprovação e aí começam os problemas.

Há Estado demais?

O Estado deveria se concentrar no papel dele, de governança.

Você poderia terceirizar tudo o que é plataforma de serviço, que tem que ter níveis de entrega, atendimento rápido, com uma lógica de governança rígida. Estabelecer regras, premissas e cobrar. Recebo imposto do cidadão e transfiro em contratação de serviços com qualidade e regulo. Se tenho que regular e ao mesmo tempo executar, é esquisito.

O setor privado é regulado pelo Estado, mas o governo regula o próprio governo, o que dá no que estamos vendo.

E o governo faz bem o trabalho de regulação, a discussão é quando ele mesmo tem uma atividade empresarial. As estruturas que são geradoras de caixa correm o risco de sempre ser alvo de manipulação.

Corrupção existe no mundo todo, não só no Brasil. A questão é como se desenha o modelo de governança, e ao menos diante de tudo isso parece que as coisas estão se organizando.

A gente vai amadurecer como país. A gente que está no meio está sofrendo, mas daqui a dez anos, 15 anos, vamos ter um outro contexto.

Você mora em que bairro?

Em Perdizes.

Acha possível morar no centro?

Adoraria morar do lado da Pinacoteca, com o jardim da Luz. A praça é maravilhosa. Imagina acordar de manhã, andar na praça com meus dois cachorros, tomar café na Pinacoteca, ter o metrô do lado, uma arquitetura linda.

O centro tem uma estrutura espetacular e ociosa. É um museu a céu aberto. O maior patrimônio cultural que a gente tem é a própria cidade. Imagine aquela praça do Patriarca com cafés em toda a volta.

A gente vai para a Europa com uma mochilinha nas costas e anda pela cidade toda. Quando vamos fazer isso em São Paulo? Por que as pessoas não andam em São Paulo?

O investimento que a empresa fez em cultura tem alguma importância para a recuperação da região?

Arte é fundamental. Não é um ponto de vista estético, mas de sensibilidade, de ter um olhar diferente para as coisas. Precisa trabalhar isso desde o ensino de base.

No curto prazo o que acho é que empresas e instituições têm que ter um esforço grande para preencher essa lacuna. Hoje, só 10% dos brasileiros diz ter ido a um museu na vida, incluindo quando estava na escola. Mesmo que entre para tirar uma selfie, aumenta a chance de gostar, começar a entender do discurso.

Aqui você consegue atrair o morador da região?

Por incrível que pareça, não consigo atrair o funcionário. O indivíduo sai na hora do almoço, não tem tanto o que fazer por aqui, achávamos que ia haver fila de funcionários, e nada. Nosso desafio é aproveitar esse espaço para gerar essa educação. O funcionário começa por aqui e depois vai para a Pinacoteca ou qualquer outro lugar com a família.

Campanhas como a da paz no trânsito têm claro um motivo de mercado por trás, pois menos acidentes reduzem custo. Mas há uma percepção de que é preciso mudar a cultura das pessoas?

Menos do que cultura, seguro é algo difícil de tangibilizar, porque nem quem compra quer usar nem a gente quer que ele use. Estamos falando de risco e ninguém quer correr risco.

Por isso, na história da companhia, fomos criando serviços, para que as pessoas possam materializar uma imagem do atendimento.

E nosso modelo de negócios é muito frágil, meu maior patrimônio são as pessoas. Meu canal de distribuição são corretores autônomos, não posso obrigá-lo a vender meu produto.

E ele vende uma promessa, um contrato de seguro ou um cartão de crédito ou consórcio imbuído de que, se precisar, o cliente vai encontrar um bom serviço.

Quando ele precisa, ele tem que ser bem atendido por quem recebe a ligação aqui, pelo funcionário terceirizado. Há muito imprevisto. Não consigo controlar. O funcionário tem que estar imbuído disso, de que precisa cuidar das pessoas, o cliente tem que se sentir acolhido.

Esse é nosso maior desafio, e as pessoas acabam percebendo que fazem a diferença.

Em especial, a gente acredita na gentileza. É um processo de dentro para fora. Se a empresa não é gentil com o funcionário, o corretor, o prestador de serviço, como eles seriam com os clientes?

A campanha do trânsito surgiu de uma palestra do prefeito de Bogotá, em que ele contou que as pessoas se matavam no trânsito. Desciam do carro com uma faca e se matavam. A falta de consciência, as relações humanas estavam tão deterioradas que a melhor forma de resolver era pelo micro.

Começou então a colocar palhaços nos faróis, fazer campanhas. Pensei por que nós, a maior seguradora de automóveis do Brasil, não fazemos algo semelhante?

Não queríamos falar do que é da função do Estado, multas, mas do que é mais humano: qual é o seu comportamento ao volante? Quem te fechou quis te prejudicar ou a esposa grávida está tendo um nenê no carro e ele está desesperado?

Porto Seguro hoje é uma empresa muito rentável, gera lucros e retornos sobre patrimônio muito bons, não pode devolver isso para a sociedade? A empresa é cidadã, tem também responsabilidades.

Com essa bandeira da gentileza, entendemos que era a mesma coisa: como ativar o pedestre, o cidadão, o morador, para ter a mesma gentileza.

Em vez de achar que a calçada não é problema meu, por que não agir e ajudar?

E seria mais fácil para reverberar para outras comunidades. O modelo está pronto, qualquer bairro que queira pode receber o projeto pronto.

Alguém já procurou?

Por enquanto, só um clube. Mas não falamos muito, porque não queremos transformar numa plataforma de marketing. Fazemos porque acreditamos. O tempo vai mostrar. A gente só divulga mais nos meios que tratam de sustentabilidade.

Você cresceu em que bairro?

Nasci no Brás, estudei lá, depois na Mooca. No final da adolescência vim para o centro, a pedido de minha mãe, morar com um tio-avô que ficou doente. Ele era corretor de seguros. Eu tinha 16 anos e vim morar perto do largo do Arouche.

Vinha aqui na Porto Seguro resolver os problemas para ele e acabei entrando na empresa. Depois disso morei no Alto da Lapa e em Perdizes.

Qual é seu lugar preferido no centro?

A Sala São Paulo, a Pinacoteca e o Jardim da Luz. E o trecho da praça Patriarca, em direção ao largo São Francisco.

E o principal problema?

A sensação de insegurança. Há um pouco de preconceito com moradores de rua. O estereótipo do usuário de drogas ou morador de rua também é deteriorado, cria um clima de insegurança.

Há, sim, pequenos furtos, mas isso também existe na Itália, na Espanha.

As pessoas teriam que ter uma sensação de mais segurança, porque para poder andar e poder contemplar é preciso diminuir um pouco a atenção e voltar o olhar mais para a observação. A sensação de insegurança e deterioração não estimulam o indivíduo a querer curtir e estar lá.

O segundo ponto são os imóveis deteriorados. Aqui na esquina há um imóvel que está se deteriorando anos e anos. Você tomba, mas o dono não tem condições de fazer a restauração, que é muito cara, quase o dobro de uma reforma normal.

Como protege a cultura se o imóvel está todo deteriorado, e o proprietário está mais é torcendo para que ele caia mesmo? Ou a cidade assume esse restauro ou não adianta.

Raio-x

FABIO LUCHETTI, 51

Formação: administração de empresas, especialização em museologia
Carreira: presidente desde 2012 do Grupo Porto Seguro, onde entrou aos 17, como office-boy

GRUPO PORTO SEGURO

Receita (2016): R$ 16,3 bi
Lucro líquido: R$ 923 mi
Funcionários: 15 mil
Principais concorrentes (em seguros): Bradesco, SulAmérica, Banco do Brasil e Mapfre

Entrevista publicada originalmente no jornal Folha de S. Paulo

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