Exposições do Programa Cidades Sustentáveis mostram que é possível fazer diferente

 

Textos e imagens, que já podem ser vistas no Espaço Cultural do Conjunto Nacional e estarão na Estação Alto do Ipiranga do Metrô, revelam exemplos de boas práticas ao redor do mundo

Airton Goes airton@isps.org.br

Duas exposições sobre o Programa Cidades Sustentáveis poderão ser vistas em São Paulo e visam mostrar aos gestores públicos e à sociedade que é possível fazer diferente. Com imagens e textos explicativos, ambas irão relatar exemplos de boas práticas de desenvolvimento sustentável em diversos municípios ao redor do mundo.

A primeira das exposições “Cidades Sustentáveis: É Possível Fazer Diferente!” está disponível desde domingo (27/5), no Espaço Cultural do Conjunto Nacional, na Avenida Paulista. No local encontram-se expostos 31 exemplos de boas práticas, com imagens e respectivos textos explicativos. A mostra vai até o dia 7 de junho.

No Dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho, a segunda exposição “Cidades Sustentáveis: É Possível Fazer Diferente!” terá início na Estação Alto do Ipiranga do Metrô. Nesta mostra, que vai até o dia 30 de junho, estarão expostas 14 boas práticas, também com imagens e textos explicativos.

Para entender as exposições

Metade da humanidade vive atualmente nas cidades. Em 2030, serão 60% os que viverão em regiões urbanas e, em 2050, esse total deverá estar em 70%. No Brasil, 85% da população já vive em cidades. E, na medida em que as cidades vão crescendo em tamanho e população, aumentam também as dificuldades para se manter o equilíbrio espacial, social e ambiental no entorno urbano.

Entretanto, grande parte das políticas urbanas no Brasil está muito distante das práticas consideradas sustentáveis: a coleta seletiva e a reciclagem dos resíduos sólidos com inclusão social ainda são insuficientes; o saneamento básico ainda está ausente em boa parte dos municípios, resultando em problemas de saúde, contaminação de rios e lençóis freáticos; e a falta de planejamento urbano incentiva crescimento desordenado das cidades, especulação imobiliária, adensamento em áreas de mananciais e grandes deslocamentos cotidianos de suas populações, assim como desperdício de energia e água, além de exigir grandes investimentos públicos que seriam desnecessários se melhor planejados.

Neste contexto, a sustentabilidade torna-se essencial para o desenvolvimento de políticas públicas nas cidades. Contudo, uma das maiores dificuldades que enfrentamos é levar a sustentabilidade do discurso para a prática, ou seja, fazer com que de fato todas as ações e processos incorporem a cultura da permanência, suprindo as necessidades da geração presente sem afetar a possibilidade das gerações futuras de suprir as suas. Mas o que isso significa em termos práticos?

Hoje existem várias alternativas que podem rapidamente ser adotadas em nossas realidades. O Programa Cidades Sustentáveis é fruto de uma parceria entre a Rede Social Brasileira por Cidades Justas e Sustentáveis, a Rede Nossa São Paulo e a Fundação Avina com o objetivo de inspirar ações de gestores públicos, empresas e sociedade por meio de um banco de práticas de experiências bem sucedidas em todo o mundo.

Impulsionar a sustentabilidade nas cidades é um grande passo para construirmos um novo modelo de desenvolvimento. Enfim, há muito o que ser feito – e pode ser feito – para termos cidades que rumem à sustentabilidade urbana com justiça social.

Para outras informações sobre o programa acesse o site www.cidadessustentaveis.org.br/.

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