“Participação social não é dádiva do governo, mas uma conquista da sociedade”

Afirmação foi feita pela filósofa Marilena Chauí, durante o evento Arena ParticipaSP promovido pela Prefeitura de São Paulo.

Em debate promovido pela Prefeitura de São Paulo, a filósofa e professora aposentada da Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais da USP, Marilena Chauí, defendeu a participação social como forma de conservar direitos já conquistados e ampliá-los.

Segundo ela, “a participação social não é dádiva do governo, mas uma conquista da sociedade”.  

Marilena afirmou ainda que a participação social é condição para uma democracia existir. “A participação social está no coração da democracia”, argumentou.

A filósofa alertou a sociedade para o que chama de “direitização” da opinião pública e criticou a classe média. “O medo da classe media é cair na classe trabalhadora. Por isso, ela se insurge contra os direitos, contra a democracia e contra a participação social.”

As declarações de Marilena foram feitas nesta quinta-feira (11/12), durante o evento Arena ParticipaSP promovido pela Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania.

Tendo como tema a “Participação Social na Prefeitura de São Paulo e no Cenário Nacional”, o debate também contou com a participação do ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho.

Como está deixando o governo federal, Carvalho fez um breve balanço de sua gestão à frente do ministério, lembrando as dificuldades que encontrou. “É um contorcionismo fazer a máquina pública, que é feita para reproduzir o capital, garantir os direitos sociais”, considerou.

Ele destacou o relatório da Comissão Nacional da Verdade entregue esta semana. “Temos que homenagear aqueles que lutaram contra a ditadura”, lembrou.

 

Compartilhe este artigo