O caos urbano pode ser ainda maior. As vendas de carros aumentam em alta velocidade. Este ano, tem sido recorde atrás de recorde. A indústria de autopeças ampliou o número de turnos para dar conta dos pedidos.
O caos urbano pode ser ainda maior. As vendas de carros aumentam em alta velocidade. Este ano, tem sido recorde atrás de recorde. A indústria de autopeças ampliou o número de turnos para dar conta dos pedidos.
As empresas estão contratando mais e investindo mais. É o que mostra o último levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O crescimento da indústria foi de 6,6% em agosto em comparação com o ano passado. Quem fez esse crescimento acelerar foi o motorista brasileiro.
O que atormentava uma psicóloga era o medo de o carro estragar no meio da rua. “Estar com um carro novo são três anos de tranqüilidade na cabeça”, comenta.
Já um senhor ficou animado com as facilidades do financiamento e decidiu trocar os carros da família toda. “Esse mês é o segundo que a gente está comprando”, diz.
Eles não estão sozinhos. As vendas de veículos foram recorde para o mês de setembro: 204 mil unidades, o que representa 28% a mais do que no mesmo mês do ano passado. No acumulado do ano, foram 1,74 milhão de unidades, com uma alta de 27,4%.
Com tantos pedidos para atender, a indústria teve que esquentar os motores. A produção das montadoras, segundo a associação do setor, também foi recorde e obrigou toda a cadeia a se mexer.
Uma indústria de autopeças abriu quase 1,3 mil empregos, construiu uma nova fábrica e aumentou a capacidade das outras dez espalhadas pelo Brasil.
“Trouxemos mais equipamentos de fora, compramos mais equipamentos do mercado local, racionalizamos nossa produção, para ganhar produtividade, para poder atender à demanda interna”, afirma o presidente da indústria de autopeças, Gabor Deak.
Não é à toa que o setor automotivo foi um dos que mais contribuíram para outro recorde: o da produção industrial. De acordo com IBGE, a atividade da indústria cresceu 1,3% em agosto, na comparação com julho. Em relação ao mesmo mês do ano passado, a expansão foi de 6,6%.
Além da produção de veículos, que cresceu 3,3% no mês, alimentos e equipamentos eletrônicos foram destaque. No acumulado do ano, a maior expansão foi no segmento de de máquinas e equipamentos, com 17,5%.
Para os analistas, o crescimento na produção de máquinas é a melhor notícia trazida pelo último levantamento do IBGE. Isso significa que a produção pode continuar a crescer sem pressionar a inflação. O coordenador da indústria do IBGE, Sílvio Sales, diz que o ritmo de crescimento vai se manter nos próximos meses.
Fonte: Edição Bom dia Brasil – 05/10/2007