O Movimento Nossa São Paulo convida para o lançamento do compromisso das empresas paulistas com o Selo Trânsito Seguro na contratação de serviços de motofrete.
Quando: 21/9, 9h
Onde: Fecomercio – R. Dr. Plínio Barreto, 285, 3º andar, plenário
Veja o convite
Motociclistas e Acidentes em São Paulo
Principais Estatísticas
O cotidiano do trânsito de São Paulo é marcado pela presença de milhares de motoristas profissionais – condutores de ônibus, caminhões e vans, taxistas e outros. Esses prestadores de serviços de transporte de cargas e de pessoas tornaram-se essenciais à vida na grande metrópole.
Circular pelas ruas da cidade continuamente, por mais tempo e maiores distâncias, implica, por sua vez, maior exposição aos riscos do trânsito e representa um desafio para a missão de garantir segurança para todos os usuários do sistema de trânsito.
O desafio tornou-se ainda maior a partir da explosão da produção e das vendas de motocicletas (mais de 1.400.000 mil unidades em 2006) no Brasil a partir da última década do Século XX.
O fenômeno do surgimento do motofrete transformou o panorama do trânsito em São Paulo e de diversas outras capitais brasileiras. A participação desse veículo na composição do tráfego da cidade cresceu mais de 3 vezes entre 1993 e 2003 (passando de 2,9% para 10,5% da frota). Traduzindo em números: são aproximadamente 550.000 motocicletas registradas (DETRAN/SP, 2006), das quais, estima-se, 150.000 circulam dedicadas ao transporte de pequenas cargas.
A incorporação maciça de motocicletas a um sistema viário no limite da saturação, o alto grau de informalidade do serviço de entrega de pequenas cargas e a ausência do uso de equipamentos de segurança básicos, repercutiram rapidamente nas estatísticas de acidente de trânsito.
Mais de 70% dos acidentes com motocicletas geram vítimas. As mortes de motociclistas vêm seguindo uma tendência de aumento nos últimos anos, tendo atingido crescimento de 16% entre 2004 e 2006.
Hoje, morrem mais motociclistas em São Paulo do que a soma de todas as mortes de ocupantes dos demais veículos motorizados (carros, ônibus e caminhões). Em 2006, de cada 10 mortes no trânsito, 2 envolveram condutores e passageiros de motocicletas.
As mortes de motociclistas atingem principalmente os pilotos jovens: 66% das mortes ocorrem entre 18 e 29 anos.
A certificação de Práticas de Gestão da Segurança
Principais conceitos e objetivos
O Selo é uma certificação que visa incentivar a incorporação progressiva de práticas de segurança ao cotidiano das empresas que lidam com motociclistas profissionais, estimulando atitudes positivas e cidadãs entre os atores do transito.
Ao promover uma gestão pró-ativa da segurança, assegurando melhores condições de trabalho para os motociclistas profissionais e o envolvimento com a comunidade, a iniciativa alinha-se com o movimento mais geral de responsabilidade social empresarial, que tem se tornado um fator de competitividade nos negócios de pequenas empresas e grandes corporações.
O uso da logomarca especial do “Selo Trânsito Seguro” sinalizará que a prestação do serviço de motofrete ou a utilização das frotas de motocicletas atende a um padrão de segurança, certificado pela CET, assegurando melhores condições de trabalho para os motociclistas profissionais e maiores níveis de segurança aos demais usuários do sistema viário.
A certificação é uma declaração de compromisso com a segurança no trânsito e deve se tornar, também, um diferencial de mercado que os mais diversos clientes do serviço de motofrete devem valorizar. A iniciativa alinha-se, portanto, com o movimento mais geral de responsabilidade social empresarial, que tem se tornado um fator de competitividade nos negócios de pequenas empresas e grandes corporações.
O motofretista em São Paulo
Pesquisa IBOPE/CET
Os motofretistas profissionais dedicados ao transporte de pequenas cargas em São Paulo representam cerca de 25% dos motociclistas que circulam em São Paulo
Segundo a pesquisa IBOPE/CET, realizada em agosto de 2006, com cerca de 1.100 entrevistados, esse grupo de motociclistas podem ser caracterizados da seguinte forma:
• 48% pertencem à classe C
• 53% tem entre 18 e 29 anos
• 40% possui escolaridade até o ensino fundamental
A quase totalidade desses adultos jovens (93%) aprendeu a pilotar a motocicleta sozinho, à margem de qualquer formação técnica específica.
A habilidade na condução da moto é uma decorrência da alta exposição diária ao trânsito da cidade:
• 54% pilota de 100 a 250 km por dia
• 59% pilota 9 horas ou mais por dia
Cerca de 60% dos motofretistas mantêm vinculo de trabalho formal com empresas do setor e quase 80% deles trabalha exclusivamente nesse tipo de serviço, consolidando o motofrete como uma nova atividade profissional.
A Gestao da Segurança
Avaliação de 6 meses de Certificação
Desde o início do programa, em dezembro de 2006, um total de 22 empresas receberam o Selo Trânsito Seguro, de um total de 29 empresas candidatas.
As empresas certificadas administram uma frota de 2.860 motocicletas, das quais apenas 8% se envolveram em acidentes nos últimos 12 meses, e possuem as seguintes características gerais:
• 94% dos motociclistas profissionais são contratados com registro em carteira e possuem alguma forma de convenio de saúde e seguro de vida
• 72,7% oferece reciclagem ou já ofereceram treinamentos específicos de pilotagem segura para seus funcionários
• 81,8% fiscaliza o uso e oferecem integralmente os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) (capacete, jaqueta, calça, bota) exigidos para o desempenho das tarefas do motofrete
• 86,4% monitora a realização da manutenção preventiva dos principais sistemas das motocicletas a seu serviço
• 91% estabelece controle do tempo de realização das tarefas
“O que fazer para contratar uma empresa de motofrete?”
Pesquise no portal da CET (http://www.cetsp.com.br) se a empresa de motofrete está certificada;
Solicite o termo de credenciamento da Prefeitura;
Solicite o “Selo Transito Seguro “;
Visite as instalações da empresa na qual você está contratando;
Verifique se os funcionários estão devidamente registrados;
Solicite o condumoto do motofrete;
Comprove mensalmente o recolhimento do Fgts, Inss, e Seguro de Vida;
Analise o valor que você paga para empresa, solicite planilha de custo;
Entreviste alguns funcionários e veja como é a relação com o empregador;
Pergunte sempre para o motofrete se ele está registrado;
Quais os benefícios a empresa oferece;
Se os funcionários se utilizam de EPI (equipamento de proteção individual);
Utilizam-se de uniformes;