Como as redes ajudam a aproximar

 

Fonte: Zero Hora

Com as eleições quase perdidas em 2003, Juan Alberto Belloch, então candidato do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) à prefeitura de Zaragoza, uma das cidades mais importantes da Espanha, procurou a empresa Sociedade de Las Índias Eletrônicas. Buscava algo inovador.

As sugestões não só viraram as eleições como forneceram subsídios para a administração de Belloch à frente do município de cerca de 700 mil habitantes.

– Começamos a trabalhar o conceito de rede. Cidadãos comuns foram incentivados a colaborar na campanha usando celulares, blogs na internet, participando de cafés da manhã com o candidato. Demos visibilidade a uma "cidade secreta" – recorda o economista David Ugarte, um dos responsáveis pela empresa Sociedade de Las Índias Eletrônicas.

Eleito Belloch, Ugarte passou a trabalhar na prefeitura de forma voluntária – o estatuto da sociedade, que é uma entidade privada e não uma ONG, proíbe a participação em governos cujas campanhas foram apoiadas pela empresa. Mas a idéia manteve-se intacta. Na prática, a prefeitura passou a atuar como facilitadora entre interesses comuns envolvendo pessoas que jamais haviam se visto antes.

– Perguntamos para alguém quem ela gostaria de conhecer. Algum contato profissional ou mesmo pessoal. Aí, providenciamos os encontros. Normalmente, são jantares ou cafés da manhã, informais, que contam com a presença de outras pessoas e do prefeito. A idéia é formar redes – diz Ugarte.

O projeto é baseado em ações realizadas nos anos 80 por dirigentes da União Européia, que proporcionavam encontros, financiados com recursos públicos, entre dois empresários e suas famílias. As propostas de negócios que surgiam, aprovadas pela União Européia, recebiam financiamento.

Conheça os palestrantes em infográfico animado:



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