O Sesc Consolação realiza a mostra de documentários Direito à Cidade, com o objetivo de analisar a história de São Paulo sob o ponto de vista das pessoas que vivem em situação de exclusão social, comparando os documentos escritos (Constituição Brasileira) com a experiência de alguns grupos ou personagens da vida real.
De 12 a 14 de março, das 19h30 às 22h, temas como a vida dos catadores de lixo e dos sem-teto, as mudanças na paisagem urbana do bairro Vila Leopoldina e os hábitos de consumo da vida moderna são abordados em sete documentários. Cada dia terá um tema diferente e haverá participação de especialistas para aprofundar a reflexão sobre o direito à cidade de São Paulo.
Os vídeos foram produzidos por alunos da disciplina Fontes Visuais do curso de História da USP, com a infra-estrutura do Laboratório de Estudos sobre a Intolerância da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP.
A entrada é grátis, mas as vagas são limitadas. Os interessados em participar podem fazer a inscrição pelo telefone 3234-3000.
Serviço:
Mostra Direito à Cidade
De 12 a 14 de março, das 19h30 às 22h
Sesc Consolação, Sala ômega, 8º andar, rua Dr. Vila Nova, 245. Fone: 3234-3000.
DIREITO À EDUCAÇÃO
12 de março. Quarta, das 19h30 às 22h
I: Sementes da Reciclagem: Prestes Maia, 911. Duração: 16 min
Aborda a problemática dos sem-teto em São Paulo por meio da visão de um catador de lixo que criou uma impressionante biblioteca com mais de 16 mil livros, no porão do Edifício Prestes Maia, desocupado em julho de 2007 pela Justiça.
II: Sobrevivendo sem letras. Duração: 16 min
Apresenta algumas formas de como se dá a revalorização dos indivíduos por meio de discurso ficcional e também de entrevistas com pessoas em situação de analfabetismo.
III: Um país de meias palavras. Duração: 16 min
Acompanhamento de um projeto de alfabetização de adultos na periferia de São Paulo e um pouco da história de cada um dos alunos que não puderam estudar na infância.
* Debatedora: Dra. Circe Maria Fernandes Bittencourt – Doutora pela USP, especialista em análise de currículo escolar e na história do livro didático no Brasil. Professora de Prática de Ensino de História e da Graduação da PUC/SP.
* Comentador: Dr. Cesar Callegari – Sociólogo, especialista em educação, Deputado Federal, Coordenador da FDE – Fundação para o Desenvolvimento da Educação, Secretário de Educação do Município de Taboão da Serra e Membro do Conselho Nacional de Educação.
DIREITO À MEMÓRIA
13 de março. Quinta, das 15h às 17h (terceira idade), das 19h30 às 22h
I : O paraíso sem nós dois. Duração: 35 min
Dividido em três partes, narra as mudanças que vem sofrendo a Vila Leopoldina por meio do encontro entre dois personagens. A partir dos anos 90, o antigo bairro operário passa a abrigar empreendimentos de classe média alta, panos de fundo para uma história de amor, que é narrada com animações, documentário, drama e músicas de Roberto Carlos.
II: Qual era o nome do meu avô Geraldo? Duração: 35 min.
Por meio de conversas na família, soube-se que "ele" mudara de nome para escapar de perseguições cujas razões nunca se soube….
* Debatedor: Dr. José Carlos Sebe Bom Meihy – Professor titular do Departamento de História da USP. Formulador das linhas de pesquisa em História Oral e autor de estudos sobre os
brasileiros que vivem fora do país.
* Comentador: Dr. Ariovaldo Umbelino de Oliveira – Professor
titular da USP. Participa como assessor do Ministro da Reforma Agrária e da Coordenação do MST.
DIREITO AO MEIO AMBIENTE
14 de março. Sexta, das 19h30 às 22h.
I : Descartável? Duração: 18 min.
Somos o que trabalhamos ou trabalhamos o que somos? Consumimos a vida ou a vida nos consome? Construímos um mundo ou o mundo nos constrói? Descartamos ou somos descartados?
II: No chão da cidade: descartáveis e descartados. Duração:16 min
Como os bens produzidos pelas indústrias, as pessoas tem uma utilidade. Esgotada esta utilidade, elas são descartadas, e assim como o lixo não biodegradável, elas não desaparecem.
* Debatedor: Dr.Marco Aurélio Chagas Martorelli – Advogado –
Faculdade de Direito – USP, Mestrando da 1ª Turma de Mestrado em Direitos Humanos da USP. Dirigente da Assessoria de Defesa da Cidadania do Gabinete do Secretário da Justiça e da Defesa da Cidadania do Governo do Estado de Paulo. Presidente da Comissão Revisional do Programa Estadual de Direitos Humanos.
* Comentador: Dr.Yuri Tavares – Doutor em Geografia, responsável pelas disciplinas Teoria Geográfica da Paisagem e Biogeografia,
Ecologia, Paisagem e Gestão Ambiental