Um projeto para área de manancial

 

Fonte: O Estado de S.Paulo

Parceria entre várias entidades quer estimular cultivos sem agrotóxicos no entorno da Bacia de Guarapiranga

Niza Souza

Uma parceria entre o Centro de Pesquisa Mokiti Okada, a Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente, o Sebrae-SP, a subprefeitura de Parelheiros e o Banco do Brasil, firmada na semana passada, vai ajudar os produtores rurais do entorno da Bacia de Guarapiranga, em São Paulo, a converterem suas propriedades convencionais em orgânicas.

O objetivo é melhorar a condição de vida desses agricultores, reduzindo os custos de produção e agregando valor ao produto final. Além disso, a adoção de práticas agrícolas sem uso de agrotóxicos também deve ajudar a reduzir o impacto ambiental na região.

A região tem 300 produtores rurais. O projeto-piloto prevê a adesão de, pelo menos, 30 deles. ‘A princípio vamos trabalhar com produtores da cadeia de horticultura e fruticultura’, diz o agrônomo da Casa da Agricultura Ecológica, Vanderlei de Souza, que também é coordenador do Programa de Agricultura Urbana e Periurbana (Proaurp). ‘A idéia é fomentar a agricultura familiar no município de São Paulo e ajudar os produtores a se manterem na sua área.’

O Centro de Pesquisa prestará assistência técnica aos produtores no processo de conversão do método de cultivo, de convencional para natural/orgânico, que elimina o uso de agrotóxicos, promove a valorização do produtor, e a recuperação e preservação do solo. A Secretaria do Verde e do Meio Ambiente reunirá os produtores e subsidiará o projeto por meio do Proaurp, que estimula a inclusão social com medidas relacionadas à agroecologia.

O Sebrae ficará responsável pela capacitação dos produtores para o empreendedorismo e associativismo. E o BB integrará o projeto com o programa de Desenvolvimento Regional Sustentável, que apóia ações nas áreas rurais e urbanas.

Já há casos na região de agricultores que não usam agrotóxicos, mas não são certificados. Como o produtor de caqui Oswaldo Ywao Ochi, há dois anos adepto da agricultura natural. ‘Eu mesmo produzo o adubo. Fica mais barato’, diz. Além da economia, Ochi também tem percebido melhora na qualidade dos frutos. ‘A grande carência aqui na região é a falta de orientação técnica. A parceria vai nos ajudar a crescer. A denominação de orgânico vai agregar valor ao nosso produto’, acredita.

INFORMAÇÕES: C.A. Ecológica, tel. (0–11) 5921-8089

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