Democracia participativa é o caminho

 

Adriana Miranda Martins e Maximila Miranda Martins – Cobertura Jovem Viração/Unicef

Em entrevista, Pedro Pontual, coordenador do instituto Polis, fala de sua opinião sobre a importância do Fórum e da participação das crianças e adolescentes. Segundo Pedro, o fórum é um movimento que surge da sociedade civil que resolve tomar em suas mãos o direito de participar mais ativamente da proposição de uma cidade que seja mais justa e sustentável, e surge por organizações que tem diálogo com o poder público, mas tem organização própria da sociedade. “Nós podemos fazer propostas para a cidade que durem mais tempo do que o tempo dos governos”, afirma Pontual.

Pedro diz que não dá para garantir que o governo dará mais atenção aos problemas da cidade devido ao fórum, porque infelizmente nós temos uma tradição na política brasileira de que o poder público escuta muito pouco a voz do povo. Mas à medida que o movimento crescer, ampliar para todas as regiões da cidade, mobilizar as pessoas, “fazer barulho”, nós seremos ouvidos.

A participação das crianças e dos jovens é o que mais lhe entusiasma, o sonho de uma cidade melhor é de todas as gerações. Portanto, é muito importante que todos se envolvam na construção disso, a partir de seus olhares, de suas necessidades e de suas expectativas.

Pedro acredita na democracia participativa, porque ela permite que o cidadão participe diretamente do destino da coisa pública, das políticas públicas. Sua proposta é a criação dos conselhos de representantes, em torno das subprefeituras, porque elas são a divisões do poder público em cada região. “Essa não é uma proposta nova, isso já é lei, mas foi embargada pela justiça.” “Temos que fazer uma luta para retomar isso, e é na região em que as pessoas moram que começa a participação”. Portanto, as pessoas têm que participar nas regiões em que elas vivem, dando suas opiniões e sugestões, buscando melhorias.

Participação é um direito que o governo tem que reconhecer. Não é nenhum favor do governo criar espaços de participação, é uma obrigação. A participação começa onde as pessoas vivem, mas elas não têm limites, conclui Pedro.

**Crianças, adolescentes e jovens apresentaram mais de 120 propostas formuladas em escolas e grupos juvenis e realizaram cobertura jornalística do Fórum.

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