A adoção de um programa para reduzir a emissão de gases de efeito estufa não é pauta de discussão em 82% das empresas brasileiras. E 88% nunca discutiram critérios formais para financiamento ou apoio a candidatos a cargos públicos. Os dados fazem parte de uma pesquisa sobre práticas de responsabilidade social empresarial (RSE) realizada pelo Ibope, sob encomenda do Instituto Ethos e do Instituto Akatu.
O levantamento também revelou que as práticas de responsabilidade social mais comuns nas empresas se referem aos trabalhadores e aos consumidores – as mais exigidas pelo mercado – tendência observada em estudos anteriores. Das empresas entrevistadas, 72% responderam que oferecem aos funcionários uma remuneração que garanta um nível de vida adequado a eles e às famílias. Com relação aos clientes, 66% responderam adotar medidas nos processos de produção ou produtos a fim de minimizar riscos à saúde e à segurança do consumidor. E 73% disseram utilizar somente dados cadastrais dos clientes mediante autorização prévia.
No entanto, entre as empresas entrevistadas, apenas 31% declararam que informam o consumidor sobre os impactos ambientais e sociais causados pelo processo de produção e pelos produtos. Um número ainda menor, 23%, afirmaram que promovem programas de conscientização do consumidor sobre impactos sociais e ambientais relativos aos hábitos de consumo.
O Ibope fez 721 entrevistas em 500 empresas – pequenas (83% da amostra), médias (9%) e grandes (8%) – em todo o País.