AE – Agencia Estado
SÃO PAULO – O ex-secretário da Educação do Estado de São Paulo Gabriel Chalita rebateu ontem as críticas feitas pela atual secretária, Maria Helena Guimarães de Castro, ao programa de formação continuada de professor. O Teia do Saber foi criado em sua gestão, em 2003, e consiste na contratação de universidades e instituições de ensino para a oferta de cursos a docentes da rede.
Segundo Chalita, o investimento feito nos últimos cinco anos no programa foi de cerca de R$ 580 milhões, e não de R$ 2 bilhões, como informado pela secretária em reportagem publicada ontem. "Os dados que a secretária deu estão absolutamente errados", afirmou Chalita, que, procurado pela reportagem anteontem, havia respondido que "não tinha interesse em falar sobre o assunto". Maria Helena, por sua vez, disse ontem que não comentaria as declarações do ex-secretário.
"Eu até gostaria de ter investido R$2 bilhões na Teia do Saber porque acho que formação de professor não é gasto, é investimento", disse Chalita. "Alguns temas (dos programas de atualização de professores) eram gerais e outros específicos, cada diretoria de ensino do Estado trabalhava com dados do Saresp, reunia-se com os docentes e chegava à conclusão do que era mais importante."
Chalita aproveitou para provocar sua sucessora. "Acho triste a secretária colocar as coisas da forma que ela colocou, mas acho que é o momento de greve", afirmou. "Eu fiquei cinco anos como secretário e nenhuma greve. A gente tinha um diálogo com a rede."
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