Tratamento incompleto não elimina poluentes do rio
UMA LIMITAÇÃO no tratamento do esgoto feito pela Sabesp na Grande São Paulo impede melhoria substancial na água do rio Tietê e até agrava o nível de poluição em alguns pontos. Assim, moradores da região metropolitana e interior acabam recebendo água com alta concentração de nitrogênio e fósforo, que acabam com a vida aquática, segundo a “Folha de S. Paulo”.
A deficiência foi apontada pela Cetesb, agência do próprio governo do Estado, que também controla a Sabesp. A Cetesb coletou água em três pontos do Tietê: ponte dos Remédios, barragem Edgard de Souza e na barragem de Pirapora. E descobriu que a concentração dessas substâncias aumenta à medida que o rio avança.Já na estação de tratamento de Barueri, que recebe 70% do esgoto da região metropolitana,a água que corre após a estação é pior do que a colhida antes do local.
O pior trecho, inclusive, fica na Grande São Paulo, em Pirapora do Bom Jesus – famosa pelas placas de espuma que bóiam no rio. Para a Cetesb, o problema é que o tratamento feito não contempla uma técnica mais avançada. A agência ambiental recomenda a adoção do sistema terciário, que consegue “limpar” o Tietê do nitrogênio e fósforo.
A Sabesp afirma que esse sistema é muito mais caro e que consegue reter até 90% da contaminação no rio. Diz também que está investindo R$ 6 bilhões para aumentar o saneamento no Estado inteiro e que o índice dos dois poluentes aumenta porque os demais foram removidos da água.