Antonio Gaspar
Estudo realizado pelo engenheiro e consultor ambiental Eduardo San Martín sobre o pólo industrial de Cubatão mostra que é possível conciliar conservação da natureza e desenvolvimento. As emissões das empresas localizadas na cidade foram reduzidas em 98%, enquanto a produtividade avançou 39% desde a década de 80.
O trabalho, inédito, Resultados dos 25 Anos de Recuperação Ambiental de Cubatão mostra o resgate da região litorânea paulista, que nos anos 80 chegou a ser conhecida pelo nome de Vale da Morte, por causa do elevado grau de poluição que chegava a provocar a geração de fetos com deformidades.
De acordo com o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, as empresas locais investiram mais de US$ 1 bilhão em programas ambientais para mudar o cenário na região.
Resultados – O resultado obtido, segundo o trabalho, foi a redução da emissão de material particulado (queda de 98,9%), de fluoreto (menos 99,1%), de amônia (99,4%), de óxidos de enxofre (72,2%), nitrogênio (8,9%) e hidrocarbonetos (95,8%). Ganhos ambientais também foram obtidos com a redução de efluentes líquidos: queda de 28% na captação e de 29,4% na carga orgânica. A geração de resíduos sólidos caiu 17% e o envio de material para aterros ou incineração, 89%. A adoção de novas tecnologias e sistemas de produção fez cair o consumo de energia em 23%.
O pólo petroquímico de Cubatão é composto por 54 empresas, que geram 30 mil empregos e US$ 988 milhões em impostos anuais. De acordo com o presidente da Fiesp, "o programa das empresas é contínuo e, sua manutenção, vital para a população local".
O estudo de Eduardo San Martín foi apresentado durante evento realizado na unidade do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo em Cubatão e contou com as presenças do presidente da Fiesp/Ciesp, Paulo Skaf, do secretário do Meio Ambiente de São Paulo, Xico Graziano, e do prefeito de Cubatão, Clermont Silveira Castor, entre outros.
