Colaboração de Juliana Lemes
O Movimento Voto consciente divulgou ontem, na Câmara Municipal de São Paulo, que dos 2.021 projetos de lei apresentados pelos vereadores na atual legislatura apenas 15% geraram impacto social. Os 85% restantes se referiram a nomeações de rua, datas comemorativas e outras iniciativas de pouca relevância social. O valor empenhado de 2005 a 2007 para os projetos foi de R$ 561.637.
Segundo a avaliação do Voto Consciente, a média geral obtida pela Câmara foi de 5,9. Dos 55 vereadores, 25 obtiveram nota acima da média geral da casa e 22 receberam avaliação acima de 6, valor que nenhum parlamentar da legislatura passada conseguiu atingir.
A análise de desempenho dos vereadores foi baseada em sete critérios – presença nas comissões; fidelidade partidária; resposta a pedidos de informação; presença nas votações nominais; impacto dos projetos de lei; conteúdo informativo do site; coerência.
No critério presença em votações nominais, houve um pequeno crescimento de aproximadamente 8% das 92 votações avaliadas. O movimento aponta também que dos 12 partidos apenas cinco superaram a média 5. São eles PTB, PSDB, PMDB, PT e PPS. “Precisamos de partidos melhores, de qualidade, que escolham melhor seus representantes”, diz a coordenadora dos voluntários da Câmara Municipal da ONG, Sonia Barboza.
Dos 55 vereadores, 53 disputam a reeleição em outubro. “Eu gostaria que 60% fossem novos candidatos. Muitos vereadores já estão muito tempo na casa. Não que os antigos seja ruins, mas eu preferiria que a Câmara se renovasse".
Sônia sugere aos eleitores que levem em conta se as promessas dos candidatos estão compatíveis com a função que exercem. "Um vereador não pode construir nada, não é da sua alçada gastar dinheiro. Se algum deles prometer isso, você pode saber que não está falando a verdade", finaliza a integrante da ONG.
Veja a avaliação do desempenho dos vereadores feita pelo Voto Consciente