Crianças e adolescentes ganham grupo de trabalho no Movimento

 

Duas iniciativas reforçam a participação das crianças e adolescentes no Movimento Nossa São Paulo e na elaboração de propostas de políticas públicas voltadas para esses dois segmentos.
No sábado passado (30/8), ocorreu o I Forunzinho Nossa São Paulo. Crianças e adolescentes se reuniram para aprofundar e detalhar as propostas de democracia participativa que foram apresentadas no 1º Fórum Nossa São Paulo (veja texto abaixo).

Na segunda (1/9), houve a primeira reunião para formar o Grupo de Trabalho Criança e Adolescente do Movimento Nossa São Paulo. Os objetivos do GT são monitorar e contribuir com aperfeiçoamento dos indicadores de infância e adolescência na cidade, levar aos demais GTs do Movimento temas relacionados à infância e adolescência, propor políticas públicas e ações em parceria com a iniciativa privada em regiões de maior vulnerabilidade infanto-juvenil, facilitar a participação desses dois públicos no Movimento Nossa São Paulo.

Participaram da primeira reunião as seguintes organizações: Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Revista Viração, Instituto Sou da Paz, Instituto São Paulo Contra a Violência, Fundação Telefônica, Instituto Ágora, Centro de Empreendedorismo Social e Administração em Terceiro Setor da Fundação Instituto de Administração (Ceats-FIA/USP), Comunidade Cidadã, Instituto Policidadania, que também integram outros GTs do Movimento Nossa São Paulo.

“Forunzinho” debate propostas de democracia participativa

Colaboração – Gisella Hiche, da Revista Viração

Sábado, dia 30 de agosto, foi o dia do I Forunzinho Nossa São Paulo. A idéia era aprofundar as propostas sobre democracia participativa, que crianças e adolescentes de diversos bairros e realidades de São Paulo enviaram durante o 1° semestre, a partir da iniciativa do UNICEF e mobilização da Revista Viração. Juntaram-se na sede da Revista Viração aproximadamente 40 pessoas, entre adolescentes de escolas públicas, privadas, escoteiros e integrantes de projetos sociais. Além deles, o time foi reforçado por educadores, jornalistas, integrantes do projeto EDUCOM e participantes do Grupo de Trabalho Democracia Participativa, do Movimento Nossa São Paulo.

Os presentes escolheram descrever e pensar a fundo a proposta sobre a criação de “cidadelos”, que foi inicialmente definido como “local onde as pessoas se reúnem para discutir a cidade e criar projetos junto ao poder público”.
A palavra “cidadelo” não existe no dicionário, o que facilitou a imaginação do pessoal que passou a defini-la como “cidade modelo – a cidade como gostaríamos que fosse”, “elo com a cidade”, “cidadão belo”, “pessoa cidadã”.
Não houve acordo sobre o lugar físico onde devem ser criados os “cidadelos”. Alguns defenderam que deveria ser em qualquer lugar onde se possa falar sobre a cidade, na escola, aliado aos grêmios ou em uma sala especial. Outros argumentaram que o melhor seria montar os “cidadelos” em centros culturais ou algum espaço com infra- estrutura mínima de telefone e internet. Também foi proposto que o “cidadelo” seja virtual.
O que todos concordaram é que deve ser um lugar para fazer política de um jeito lúdico, e que os candidatos eleitos a prefeito e vereador devem dialogar com os/as adolescentes de forma comprometida, independente se  as reivindicações são manifestadas por meio do hip-hop, do teatro ou da poesia.

E assim como os adultos estão aprendendo a propor estratégias para democracia participativa, os/as adolescentes também querem elaborar o melhor jeito de se organizarem. Por isso, ficou como encaminhamento do I Forunzinho Nossa São Paulo o compromisso dos presentes voltarem para suas escolas e ong´s contarem o que aconteceu e remarcar um próximo encontro, no qual se definirá com mais precisão o que se espera dos “cidadelos” e como se chega lá.

Depoimentos sobre o Forunzinho – Eric Silva e Rafael Biazão, do virajovem São Paulo

“Tendo em mãos as propostas construídas para o fórum e que foram entregues aos candidatos à prefeitura, os participantes discutiram sobre os cidadelos, que seriam locais onde a população pode se reunir para estudar a cidade e fiscalizar as iniciativas da prefeitura, vendo como nosso dinheiro está sendo gasto.

A idéia é que ao decorrer ainda de 2008 outras reuniões sejam realizadas. Todos que ali estavam se comprometeram a levar a discussão sobre democracia para seus meios, discutindo com o pessoal da escola, da rua, da família, e depois será marcada outra reunião para aprofundar um pouco mais o debate. Os jovens estiveram unidos no Fórum Nossa São Paulo, e essa união é necessária para que possamos ter uma São Paulo melhor.”


 

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