Colaboração – Juliana Lemes
O Triciclo Eco-Táxi chamou a atenção no evento do Dia Mundial Sem Carro, no dia 22 de setembro, no SESC Consolação. O empresário do setor de eventos, Silas Hernandes, colocou em exposição veículo que já existe em países da Europa e no Japão há 12 anos e que agora foi introduzido por ele no Brasil. O Eco-Táxi é estruturado em uma cabine de fibra-de-vidro, com 21 marchas e chassi de aço, a um peso total de 90 quilos. Tem capacidade para abrigar 4 pessoas – o condutor e mais três passageiros (dois adultos e uma criança).
O triciclo já circula nas ruas do Rio de Janeiro. Por enquanto, se movimenta à base das pedaladas do condutor, mas há previsão de que passe a funcionar a energia solar no ano que vem. A capital fluminense é estratégica para esse tipo de veículo, segundo Hernandes, por suas ruas planas e espaços apropriados para ciclovias. O projeto também já foi implantado em Volta Redonda, no interior do Rio de Janeiro, onde há estimativa de haver 30 veículos circulando até o final do ano.
Em São Paulo, a proposta de emprego para o veículo é o uso turístico no centro histórico da cidade, para transportar as pessoas em ruas onde a circulação de automóveis é proibida. O empresário estima o preço da passagem para aproximadamente R$ 0,50, já que o veículo também é utilizado como espaço publicitário, que gera a maior parte dos recursos para manter o projeto. Empresas poderão colocar adesivos para divulgar marcas e produtos no triciclo, uma maneira alternativa permitida pela lei “Cidade Limpa”, que regula a publicidade externa. Outra possibilidade para o transporte é o uso em feiras, eventos e exposições, em que há demanda do público para meios de locomoção rápido.
“Não queremos disputar as ruas. Até porque, em São Paulo, existe um grave problema que é a falta de espaço para a ciclovia. Nosso objetivo é transportar pessoas em lugares onde nem carro e nem ônibus possam circular.”
O projeto de uso do Eco-táxi tem um caráter social de empregar jovens carentes na condução dos passageiros, como forma de gerar renda. Hernandes espera que o prefeito eleito adote essa idéia na próxima gestão.