O Conselho Nacional de Auto-Regulamentação Publicitária (Conar) rejeitou o recurso apresentado pela Petrobras contra a suspensão de dois anúncios da estatal, anunciada no último dia 17 de abril. Assim, as peças continuam impedidas de veiculação em todo o País, por divulgarem a idéia falsa de que a estatal tem contribuído para a qualidade ambiental e o desenvolvimento sustentável do País.
O pedido de suspensão, julgado pelo Conselho de Ética do Conar, consta na ação movida por entidades governamentais e não-governamentais, como as secretarias estaduais de meio ambiente de São Paulo e Minas Gerais, do Verde e Meio Ambiente do Município de São Paulo, o Fórum Paulista de Mudanças Climáticas Globais e de Biodiversidade, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), o Greenpeace, a ONG Amigos da terra – Amazônia Brasileira, o Instituto Akatu, o Movimento Nossa São Paulo, a SOS Mata Atlântica, a Fundacao Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável – FBDS, e o IBAP – Instituto Brasileiro de Advocacia Pública.
No recurso apresentado ao Conar, a Petrobras argumenta que é “considerada referência mundial em ética e sustentabilidade”, elenca os pactos e índices internacionais dos quais participa e sustenta que está “servindo de bode expiatório”. A empresa também questiona a posição do Conar, que “talvez esteja sendo usado em disputas político-partidárias”.
O recurso foi indeferido pelo presidente da 2ª Câmara do Conselho de Ética do Conar, Ênio Vergueiro, com data de 30 de abril.
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