Lideranças pedem que Petrobras seja punida por adiar oferta de diesel limpo

 

A luta pela redução do teor de enxofre no diesel vendido no País não acaba com o acordo firmado entre Petrobras e montadoras de veículos. Apesar das empresas terem conseguido anular a resolução 315/2002 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), um grupo de entidades e lideranças ambientalistas exige que os responsáveis pelo descumprimento da lei sejam punidos.

Uma das ações é o pedido para que a Petrobras – que utiliza a responsabilidade socioambiental como uma das principais bandeiras – seja eliminada do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da Bovespa. Uma carta enviada aos membros do Conselho Deliberativo do ISE solicitou a não inclusão da Petrobras na carteira 2008/2009.

Leia a carta


Entre outras coisas, as lideranças afirmam, nos textos: “Cabe lembrar que a Petrobras é uma sociedade de economia mista, cujo controle acionário é da União. Assim, por ser ente da administração pública, a empresa deve atuar em estrito cumprimento da legal (não tendo seus dirigentes a opção de cumprir ou não a lei), privilegiando o interesse público (como a saúde pública e o meio ambiente) em detrimento do privado, e de modo absolutamente ético. (…) Finalmente, é importante ressaltar que Sustentabilidade se refere a ir além do mero cumprimento legal, integrando aspectos sociais e ambientais na estratégia de negócios.”

Assinam as cartas José Carlos Carvalho, secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Estado de Minas Gerais, Fábio Feldmann, do Fórum Paulista de Mudanças Climáticas Globais e de Biodiversidade, Eduardo Jorge, secretário do Verde e Meio Ambiente do Município de São Paulo, Oded Grajew, do Movimento Nossa São Paulo, Lisa Gunn, do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC), Mário Mantovani, da Fundação SOS Mantovani, Marcelo Furtado, do Greenpeace, Roberto Smeraldi,da Amigos da Terra – Amazônia Brasileira, Hélio Mattar, do Instituto Akatu, Israel Klabin, da Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável, e Guilherme Purvin, do Instituto Brasileiro de Advocacia Pública.

 

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