A próxima plenária geral do Movimento Nossa São Paulo, marcada para o dia 12 de setembro, terá como discussão principal a redução da toxicidade do diesel fabricado e comercializado no Brasil. Conforme resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), o combustível, que atualmente contém 500 ppm (partículas por milhão) de enxofre quando comercializado em área urbana e 2000 ppm em outras áreas, deveria conter 50 ppm – quantidade ainda extremamente alta quando se comparada aos padrões internacionais. Em muitos países a proporção é de 10 ppm.
A resolução do Conama determina que a redução da quantidade de enxofre comece a vigorar a partir de janeiro de 2009. Porém, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) tem protelado irresponsavelmente e inexplicavelmente os procedimentos necessários para a entrada em vigor desta resolução. E, por isso, as refinarias e os fabricantes de veículos alegam que é inviável atender à legislação na data prevista.
Segundo a Faculdade de Medicina na USP e outras instituições de credibilidade na área da saúde, o diesel comercializado no Brasil, principal fonte da poluição urbana, mata anualmente cerca de 3000 pessoas só na cidade de São Paulo. O combustível é extremamente cancerígeno e prejudicial ao sistema respiratório. E foi este o motivo pelo qual inúmeros países adotaram medidas drásticas de redução das partículas de enxofre.
O evento público do dia 12 de setembro contará com a presença de lideranças e organizações da sociedade civil, de governos (executivo e legislativo), do Poder Judiciário e de representantes dos meios de comunicação. Serão anunciadas medidas para tentar acabar com esse crime contra a saúde do povo brasileiro.
Favor confirmar presença pelo email zuleica@isps.org.br
