Foto: Andrea Magri
Na visão de mais de 6 mil mulheres paulistanas, os bairros da periferia da cidade contam menos com serviços públicos e privados. A conclusão é de uma pesquisa inédita feita pelo Ibope, em iniciativa conjunta com o Movimento Nossa São Paulo e a Natura divulgada no dia 25/11 no Sesc Vila Mariana.
A pesquisa ouviu mais de 6 mil consultoras da Natura nas 31 subprefeituras da capital, entre os meses de agosto e outubro, com o objetivo de mapear as percepções e apontar as necessidades das paulistanas em cada uma das regiões administrativas da cidade.
O número de entrevistas foi maior do que ocorre normalmente nas pesquisas de opinião, o que permite obter dados mais consistentes por subprefeitura, explicou a diretora executiva do Ibope, Márcia Cavallari.
“O resultado mostra um pouco o mapa da desigualdade na cidade de São Paulo.” ressaltou Márcia no evento. As regiões de subprefeituras mais carentes de serviços são Perus, Campo Limpo, M´Boi Mirim, Capela do Socorro, Parelheiros, Ermelino Matarazzo, São Miguel e Itaim Paulista.
De acordo com o levantamento, os serviços públicos menos presentes e que mais fazem falta nos bairros da capital são água encanada (28%), hospital público (25%) acessibilidade para portadores de deficiência (21%), áreas verdes (20%) e coleta de lixo (19%).
Na percepção das entrevistadas, os itens mais importantes para melhorar a qualidade de vida no bairro e no município são, nesta ordem, segurança saúde e educação. Quando se trata de serviços ou equipamentos privados considerados essenciais, lideram a lista as agências bancárias, as farmácias e os supermercados.
Os realizadores da pesquisa consideram as informações instrumentos preciosos para nortear decisões de investimentos públicos e privados. “Não vemos apenas como um instrumento de gestão, mas também como um material rico para possíveis empreendedores”, afirmou Alessandro Carlucci, da Natura.
Para Oded Grajew, do Movimento Nossa São Paulo, o estudo revela onde se concentram as prioridades de investimentos da cidade. "É por isso que queremos que o orçamento seja separado por subprefeitura e distrito. Temos aí um instrumento fantástico de gestão."
Veja os resultados da pesquisa em PDF