“Cresce 55% venda de madeira certificada” – Terra/sustentabilidade

 

Antonio Gaspar

A EcoLeo, primeira revenda de madeira certificada da América Latina, vai fechar 2008 registrando uma elevação de 55% ante 2007 na venda de produtos com o selo FSC (Forest Stewardship Council). "O avanço da demanda é generalizado, inclui desde material para a construção de novas unidades de empresas a produtos para a fabricação de brindes", diz Karla Aharonian, gerente da EcoLeo e membro do Grupo de Compradores de Produtos Florestais Certificados. Em 2007, as vendas já haviam crescido 75% em relação a 2006.

De acordo com Karla, crescem as compras corporativas como as realizadas por grupos como Pão de Açúcar, que usou material certificado na construção de sua primeira Loja Verde, em Indaiatuba, no interior de São Paulo, e rede McDonald’s, que vai inaugurar uma Lanchonete Verde na Riviera de São Lourenço, no litoral do Estado. Na área de brindes, por exemplo, o avanço também é significativo. "Ninguém quer correr o risco de dar um presente produzido com madeira não certificada", explica.

A divisão de produtos certificados da EcoLeo tem cinco anos de existência e lojas em São Paulo e no Rio de Janeiro. Nos últimos dois, os dirigentes assistem a uma crescente preocupação dos compradores com a origem. "Em 2003, havia poucos produtores e espécies certificadas. Hoje, o número de florestas certificadas é cinco vezes maior. Cresceu a oferta, a diversidade e o combate à madeira ilegal equilibrou os preços entre certificadas e não certificadas", explica Karla.

A EcoLeo trabalha com uma linha de madeiras destinada a profissionais de marcenaria e a pequenos e médios fabricantes de móveis que inclui mais de 20 espécies durante o ano, respeitando as especificidades das florestas e espécies. Dependendo do objetivo é possível adquirir, por exemplo, painéis de 5 cm ou 2 cm de teca, eucalipto ou pínus para a construção de peças para serem usadas dentro da casa, como uma mesa, por exemplo. "Essas madeiras são provenientes de florestas plantadas. A teca, por exemplo, vem de área certificada no Mato Grosso", explica Karla. Para as áreas externas também há inúmeras espécies certificadas, provenientes da Amazônia.

Segundo Karla, o setor acredita que o início da implantação da lei de Gestão de Florestas Públicas vai permitir um aumento da certificação. "Será possível retirar madeira dentro do contexto de uma exploração racional, sem derrubar as florestas."

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