Hermano Freitas
Direto de São Paulo
Pesquisa Indicadores da Cidade de São Paulo, do Ibope e encomendada pela ONG Movimento Nossa São Paulo, divulgada nesta quinta-feira, mostra que a falta de segurança é o que mais desagrada o morador da capital paulista. O trabalho é parte das comemorações pelo aniversário de 455 anos de São Paulo, no próximo dia 25.
Segundo o estudo, 58% dos entrevistados acreditam que a violência e a criminalidade são os aspectos mais negativos da cidade. A pesquisa ouviu 1.512 pessoas, de 18 a 29 de novembro de 2008, perguntando o que o entrevistado menos gosta ou o que mais incomoda. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.
Segundo a diretora do Ibope, Márcia Cavallari, a violência global foi separada da criminalidade para diferenciar as agressões simples entre pessoas dos crimes. "A violência, como brigas entre torcidas e agressões domésticas, ficou acima da criminalidade", disse Márcia.
A insegurança superou o trânsito, que foi avaliada como pior problema por 12% dos entrevistados. Também apareceram na pesquisa a desigualdade e a injustiça social (7%), a corrupção (7%) e a poluição (6%). De acordo com um dos idealizadores do Movimento Nossa São Paulo, Oded Grajew, a desigualdade social é um dos causadores da violência.
A insegurança apareceu como problema ainda como serviço essencial. A violência em geral aparece no topo da opinião dos entrevistados como situação que provoca medo, com 78%, seguida de roubos e assaltos, com 57%, o tráfico de drogas, com 37%, e sair à noite, com 17%.
Sensação de insegurança
A percepção de violência do paulistanto também é grande. Entre 56% e 58% dos cidadãos de São Paulo considera a cidade um lugar pouco seguro. Apesar de diagnosticar a violência como maior problema, a maioria declarou não ter sido assaltada nos últimos 12 meses. O índice de quem declarou não ter sido assaltado no último ano foi de 80%.
A maioria dos entrevistados vê a cidade como acolhedora. Os entrevistados deram nota 7,5 para este atributo de São Paulo. A pior avaliação foi para a igualdade. Entre 67% e 69% consideram a cidade desigual.
Redação Terra
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