Governo de Belo Horizonte promoveu debate sobre o diesel

 

Os males à saúde causados pela concentração de enxofre no diesel utilizado nos veículos brasileiros voltaram a ser tema de debate, desta vez promovido pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais. O debate realizado em Belo Horizonte, nesta quarta (18/2), contou com a presença do promotor do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, José Eduardo Ismael Lutti, Volf Steinbaum, da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente de São Paulo e três representantes do Movimento Nossa BH –  o diretor- presidente , Armindo dos Santos de Souza Teodósio, o vice-presidente, Marcelo Souza Alves, e o Secretário-Executivo, Afonso Lembi.

No evento foram destacados os estudos do Laboratório de Poluição Atmosférica Experimental da Faculdade de Medicina da USP que apontam um número de mortes de 12 a 14 por dia em São Paulo devido à poluição do ar, sendo o diesel responsável por 45% desses óbitos. Conforme novo estudo do laboratório, em fase de finalização, o acordo que adiou de 2009 para 2012 o uso do diesel mais limpo no Brasil pode resultar em mais de 11 mil mortes extras por ano em seis capitais brasileiras. Só em São Paulo os gastos resultantes dessa mortalidade podem ultrapassar US$ 1 bilhão.

O acordo adiou o cumprimento da resolução 315 do Conama, que previa a distribuição do diesel com 50 partes por milhão de enxofre em janeiro deste ano em todo o Brasil. Com o documento firmado em novembro com o aval da Justiça, desde janeiro, somente as frotas de ônibus do Rio de Janeiro e São Paulo estão sendo abastecidas com o diesel S-50, e o diesel no interior do País caiu dos atuais 2.000 ppm para 1.800. Todo o interior passará a ter diesel com teor de 500ppm (o atual em vigor nas grandes cidades) somente em 2014. Participaram do acordo o Ministério Público Federal, governo do Estado de São Paulo, Ibama, Cetesb, Agência Nacional do Petróleo, Petrobras e Anfavea.

 

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