ALEXANDRE SCHNEIDER, SECRETÁRIO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
O secretário de Educação explica a revisão do cadastro e diz que está em estudo novo modelo de parceria para abrir novas vagas.
A secretaria tirou do cadastro quem não respondeu a carta?
Algumas pessoas foram encontradas e não responderam. Elas não saem do cadastro, mas não estão consideradas na demanda que a gente publica porque, a princípio, isso pode ser um sinal que elas tenham desistido. Se uma dessas mães voltar para uma escola nossa, a gente reativa na mesma ordem (da fila) que ela estava. É um cuidado que a gente está tendo. Agora, o nosso jurídico entende que, não havendo a confirmação da matrícula, a gente poderia até tirar (o nome) da base de dados. Mas ela continua.
Isso não reprimiu a demanda?
Não, porque ela não respondeu e pode ter os seus motivos, inclusive não quer mais a vaga ou estar com o filho matriculado na pré-escola. Tem uma série de possibilidades. Não estamos mascarando os números da demanda, até porque se o número de crianças de 0 a 3 anos na cidade é de 700 mil e essa demanda deve até aumentar. O nosso interesse é ter um cadastro confiável que, ao gerar vaga, a criança possa ser matriculada imediatamente.
As parcerias com a iniciativa privada não saíram do papel.
Isso por causa de um questionamento do Tribunal de Contas. Mas deve sair um estudo da Secretaria de Negócios Jurídicos sobre a possibilidade de outro modelo: o privado compra o terreno, constrói e alugamos por dez anos, renováveis por mais dez. A gente não pode esperar porque tem de continuar gerando vaga.
É possível cumprir a promessa de campanha e zerar o déficit?
O que verificamos em dezembro é o que não conseguimos atender. Está muito próximo daquilo que ampliamos (as vagas). A meta é reduzir a demanda a zero. Se não houver uma meta desse tamanho, não se faz a metade.
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