Criticadas pelos paulistanos e de responsabilidade dos donos de imóveis, calçadas recebem obras da prefeitura por meio de acordos
Diversos pontos do plano de metas dependem de verba federal -casos da regularização fundiária e recuperação de cortiços
DA REPORTAGEM LOCAL
Principal reclamação de quem vive em São Paulo, segundo a pesquisa DNA Paulistano/Datafolha, as calçadas estão entre os alvos do plano de metas da gestão Kassab.
Serão reformados 600 km de passeio público, melhorando a acessibilidade para pedestres. Apesar de as calçadas serem de responsabilidade do dono do imóvel, a prefeitura se responsabiliza pela realização das obras de melhoria, baseadas em acordos com os proprietários. Para 12,6% dos paulistanos, calçamentos e ruas em más condições são o principal problema da cidade.
Diversos pontos do plano de metas dependem de verba federal -caso das metas de moradia, que incluem urbanização de favelas, regularização fundiária e recuperação de cortiços- e estadual – integrações metropolitanas, investimentos em transporte e obras viárias. Ainda assim, a prefeitura se compromete a investir do próprio bolso em obras do Rodoanel (R$ 300 milhões) e metrô (R$ 1 bilhão) -o que já fez anteriormente sem que a verba prometida tivesse sido aplicada. Outra promessa é a criação de 66 km de corredores de ônibus, em locais não especificados. O plano de governo de Kassab previa corredores nas avenidas Celso Garcia e Engenheiro Luís Carlos Berrini.
Para Oded Grajew, diretor do Movimento Nossa São Paulo, entidade que liderou a defesa da criação do plano de metas, a iniciativa deve contribuir para que as propostas do período eleitoral sejam de fato incorporadas ao plano de governo. "Nosso objetivo é fazer com que a campanha seja feita com maior responsabilidade", diz.
O empresário defende a criação de metas locais, por distrito, para diminuir a desigualdade existente no município. A prefeitura promete ainda concluir o corredor Expresso Tiradentes, implantar 13 terminais de ônibus e dois terminais rodoviários, também sem localização explicitada.
GCM
O plano de metas prevê a contratação de mais 2.000 pessoas para atuar na Guarda Civil Municipal. Entre as metas está também a continuação e a elaboração de projetos urbanísticos, como o da Nova Luz, onde Kassab promete criar 25 mil empregos. Áreas degradadas que podem ser objeto de operações urbanas precisam ter estudos consolidados ou projetos de lei prontos até 2012.
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