O cidadão poderá acompanhar a realização das metas do programa de metas, "à medida em que forem sendo executadas e as respectivas etapas ou fases forem incluídas no site da Agenda 2012", prometeu o secretário adjunto do Planejamento, Mário Bérard. A declaração foi feita em audiência pública na subprefeitura de Pinheiros, uma das 27 subprefeituras com encontros previstos para a noite desta quarta-feira (22/4), sobre o programa da gestão Gilberto Kassab. Em entrevista, Bérard afirmou que "nós vamos fazer uma espécie de ficha de cada meta e, à medida que os eventos forem ocorrendo, eles serão registrados e atualizados". Também esteve presente na audiência o secretário de Participação e Parceria, Ricardo Montoro, e o subprefeito de Pinheiros, Nevoral Bucheroni.
O secretário Bérard prestou a informação em resposta à crítica mais comum feita pelos participantes da audiência, de que a Agenda 2012 não explica de onde partiram as metas, quanto será gasto para cumpri-las, como serão realizadas e não cita prazos de execução.
“Faltou dizer de onde saíram os números. Não dá para criticar nada no programa se não tiver o diagnóstico. Geralmente quando se apresenta um plano estratégico se diz quem, quando, como, quanto e onde” serão realizadas as metas, afirmou o pastor da Igreja Presbiteriana de Pinheiros, Arival Dias Casemiro.
Carmem Amaral, integrante do GT Democracia Participativa do Movimento Nossa São Paulo disse na audiência que é preciso um detalhamento maior das metas na Agenda 2012 para permitir “mais acompanhamento dos cidadãos”.
Maria José Reginato, representante do GT Educação do Movimento, apresentou publicamente uma avaliação sobre o programa da Prefeitura. De acordo com o grupo, não adianta “ampliar a jornada sem apontar a direção e a proposta pedagógica que está por trás pra que as crianças aproveitem o tempo expandido na escola”. Além disso, segundo o GT, faltou previsão de investimentos e ações para a formação de professores. Em entrevista, Maria José acrescentou que as metas do programa são restritas ao acesso à escola, e não explicita “o que mais diz respeito à qualidade de ensino”.
Alguns moradores abordaram questões locais relacionadas à subprefeitura de Pinheiros. Clóvis Feliciano Soares, do Conselho Municipal de Saúde Região Oeste, disse que “não há um projeto específico para a saúde da população do largo de Pinheiros, onde há pessoas vivendo em situação de alto risco.” Clóvis e outros integrantes de movimentos de saúde defendem a implantação de uma Unidade de Saúde do Programa da Família para haver um trabalho de prevenção a doenças na região.
Lucila Lacreta, do Movimento Defenda São Paulo, afirmou que a Agenda 2012 não tem previsão de avançar na concretização dos planos de bairro previstos no Plano Diretor, em vigor desde 2002.
Na audiência também foram apresentadas sugestões para reduzir a poluição sonora da região da Vila Madalena, melhorar a situação das calçadas da cidade utilizando alguma medida para exigir dos proprietários de imóveis a manutenção do passeio público e para a canalização do córrego Verde e do Rio Guararapes.
O secretário Ricardo Montoro informou diversas vezes durante a audiência que há de fato o que melhorar no programa de metas de São Paulo e que as sugestões ouvidas podem levar a revisões futuras da Agenda 2012.
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