“Educação modifica plano para docentes e não faz todas as obras” – Jornal Folha de S. Paulo

 

DA REPORTAGEM LOCAL

Na educação, uma das áreas mais criticadas da gestão tucana, o governo
cumpriu mais da metade das metas, mas teve problemas na capacitação de
professores e na reforma e na construção de novas escolas.

Esses são fatores primordiais para a melhoria do ensino, dizem
educadores. Estudos mostram que a qualificação dos docentes tem impacto
direto no desempenho dos estudantes.

Sobre as condições físicas das escolas, em março do ano passado o
próprio governo afirmou que 60% das unidades do Estado precisavam de
reformas.

A então secretária da Educação, Maria Helena Guimarães de Castro,
disse à época ser preciso "uma completa mudança na rede hidráulica,
elétrica e dos telhados" nessas escolas. Ela deixou o cargo neste ano.

Ao justificar o não cumprimento da meta de capacitação, o governo
afirma que o programa mudou de forma: os gestores passaram a ser a
prioridade, para não tirar os educadores das salas de aula.

Ainda de acordo com a justificativa, que citou "mudança de
sistemática da formação continuada dos educadores", a capacitação dos
professores passou a ser dada na escola, na jornada extraclasse dos
docentes.

A opção foi criticada por educadores, pois, segundo eles, há outras
opções para que o professor receba formação, sem que haja perda de
aulas.

No que se refere ao descumprimento das metas de reformas e
construção de escolas, o governo alega que as obras "foram em volume
superior ao previsto, mas não necessariamente nas mesmas rubricas". "Em
2008 foram investidos R$ 700 milhões", diz nota.

O governo atingiu metas referentes à aprovação de alunos e de
estudantes atendidos pelo programa que visa melhorar a alfabetização
(Ler e Escrever), prioridade de Serra.

(FÁBIO TAKAHASHI)

 

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