Abaixoassinado pela aprovação do plano do clima recebe mais adesões


Até a manhã desta terça-feira (2/6), mais de 2 mil assinaturas (entre pessoas físicas e jurídicas) já constavam no abaixoassinado promovido pelo Movimento Nossa São Paulo pela aprovação do projeto de lei do PL 530/2008, que institui a Política Municipal de Mudanças do Clima no Município de São Paulo. Conforme acordo fechado entre os vereadores no último dia 27/5, o projeto deve ir a votação nesta quarta-feira (3/6), a partir das 15h. A campanha continua e todos os interessados em manifestar o desejo de que o projeto seja aprovado podem participar aderindo ao documento e comparecendo pessoalmente à sessão da Câmara nesta quarta. O endereço é Viaduto Jacareí, 100, Centro.

Para aderir ao abaixoassinado, clique abaixo:
Adesão de pessoa física

Adesão de pessoa jurídica

Frei Beto, Raí Oliveira, Ladislau Dowbor, Sérgio Mindlin, Maria Alice Setubal e outras mais de 1.800 pessoas aderiram ao documento. Somando com as adesões de pessoas jurídicas, são quase 2 mil adesões até o meio da tarde desta segunda (1/6). Entre as pessoas jurídicas, estão ONGs
ambientalistas conhecidas nacionalmente e de destaque na cidade, como Greenpeace, SOS Mata Atlântica Instituto Socioambiental (ISA), SOS Represa Guarapiranga, Ong Mata Nativa e Movimento Respira São Paulo.

Veja quem aderiu ao abaixoassinado:
Adesões pessoas físicas

Adesões pessoas jurídicas

O objetivo do projeto é implantar um conjunto de políticas públicas que tem como foco principal combater os efeitos das mudanças climáticas na cidade de São Paulo, melhorando a qualidade de vida da população, com a preservação do meio ambiente. Entre as metas contidas no plano está a
redução de 30% das emissões de gases de efeito estufa até 2012, em relação aos valores de 2005, que eram de cerca de 15 milhões de toneladas de carbono ao ano.

As mudanças climáticas são responsáveis pela morte de cerca de 300 mil pessoas por ano em todo o mundo, de acordo com relatório lançado na semana passada pelo Fórum Humanitário Global, entidade dirigida pelo ex-secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Kofi Annan. Em 2030, o número de mortes provocadas pelos impactos do aquecimento do planeta pode chegar a 500 mil por ano, segundo o documento.

O relatório estima que atualmente o fenômeno afete 325 milhões de pessoas, número que deverá dobrar em 2030 – cerca de 10% da população mundial. Os mais vulneráveis são os habitantes de países pobres, nações com nenhum ou poucos recursos para adaptação às alterações do clima, como preparação para chuvas ou secas cada vez mais intensas, aumento dos nível dos oceanos e surgimento de doenças.

O fórum também faz projeções sobre o custo do aquecimento global para a economia mundial. Atualmente, as perdas econômicas já somam US$ 125 bilhões por ano – maior que o Produto Interno Bruto de 73% dos países do mundo – e deverão aumentar para US$ 340 bilhões por ano em 2030 se nada for feito para reverter o quadro de emissões de gases de efeito estufa.

Veja abaixo as principais propostas do projeto que será votado na Câmara:

– Redução de 30% das emissões de gases de efeito estufa na cidade até 2012;
– Prefeitura só poderá contratar obras que empreguem uso de madeira certificada e legalizada.
– Redução dos combustíveis fósseis no transporte público em 10% por ano a partir de 2008 e a substituição integral em toda a frota a partir de 2017;
– Ampliação da oferta e estímulo ao uso de transporte público, principalmente os de menor potencial poluidor, priorizando a redeferroviária, metroviária, de trólebus, e outros meios de transporte utilizadores de combustíveis renováveis;
– Ampliação de infra-estrutura para o uso de bicicletas;
– Implantação de faixas exclusivas para veículos com dois ou mais ocupantes nas rodovias e vias principais ou expressas;
– A concessão de licenças ambientais para grandes empreendimentos condicionadas a medidas compensatórias ambientais;
– Prefeitura vai reduzir o custo da construção acima do limite para empreendimentos que usarem energias renováveis;
– A instalação de 96 ecopontos (um por distrito) – locais de entrega de
entulho e material reciclável – que atualmente são em 32.
– Condomínios, shoppings e outros conglomerados deverão instalar coleta seletiva;
– Prefeitura deverá implantar a coleta seletiva de resíduos em toda a cidade.

 

Compartilhe este artigo