Levantamento com 140 cidades aponta as duas cidades brasileiras em 92° lugar; Vancouver é a primeira
SÃO PAULO – São Paulo e Rio de Janeiro estão empatadas na 92ª posição de um ranking das melhores cidades do mundo para se viver, elaborado pela Economist Intelligence Unit (EIU), o braço de pesquisas da revista Economist.
O ranking da EIU, que analisou 140 cidades, indica Vancouver, no Canadá, como a melhor cidade do mundo para se morar, seguida de perto por Viena, na Áustria, e Melbourne, na Austrália.
A cidade com a pior qualidade de vida, segundo o levantamento, é Harare, no Zimbábue, seguida por Daca, em Bangladesh, e Argel, na Argélia.
O ranking avalia as condições de vida nas cidades com base em 30 fatores de cinco categorias: estabilidade, serviços de saúde, cultura e ambiente, educação e infraestrutura, atribuindo notas de 0 a 100 (ideal) para cada cidade.
América Latina
Entre as cidades latino-americanas, Buenos Aires (61º lugar), Santiago (64º) e Montevidéu (66º) são as mais bem colocadas.
As duas metrópoles brasileiras, porém, aparecem na frente de outras grandes cidades da região, como Cidade do México (105º lugar), Caracas (118º) e Bogotá (127º).
Segundo os organizadores, as 64 cidades com uma nota final acima de 80 apresentam "poucos ou nenhum desafio para os altos padrões de vida", enquanto as 13 cidades com nota inferior a 50 "apresentam desafios diários à qualidade de vida".
A líder Vancouver aparece com nota 98. São Paulo e Rio de Janeiro receberam nota 69,1. A última do ranking, Harare, teve nota 37,5.
Instabilidade
Entre as dez primeiras do ranking, há três cidades canadenses, três australianas e duas suíças.
"Há pouca diferença entre muitas das cidades do topo do ranking, mas a infraestrutura canadense e os baixos índices de crimes se combinam com uma ampla oferta de atividades para determinar a alta nota de Vancouver", observa o editor do levantamento, Jon Copestake.
Para Copestake, a última posição no ranking para Harare não é uma surpresa, "mas reflete o fato de que a instabilidade política e econômica pode ter um impacto dramático sobre a qualidade de vida".
Segundo o levantamento, a instabilidade – principalmente por conta dos altos índices de violência – é também o fator determinante para a posição relativamente baixa no ranking da maioria das cidades latino-americanas.
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