“Ônibus movido a hidrogênio irá circular em São Paulo” – EcoDesenvolvimento

 

Em vez do poluente óleo diesel e do barulho do motor, um ônibus silencioso e movido a hidrogênio deverá circular na cidade de São Paulo até o final deste mês. A novidade é bem ecoeficiente, já que o veículo emitirá apenas vapores à base de água na atmosfera, o que significa dizer que não contribuirá para as doenças respiratórias da população, ao contrário do que vemos nos coletivos tradicionais. Isso sem contar que a substância é tida como uma das principais alternativas renováveis em relação ao petróleo e ao gás natural.

O coletivo movido a hidrogênio rodará numa linha entre os bairros do Jabaquara (zona Sul) e São Mateus (zona Leste), e passará pelos municípios da Região Metropolitana de São Paulo, como São Bernardo do Campo, Santo André, Diadema e Mauá. O ônibus foi fabricado no Brasil com financiamento do Fundo Global para o Meio Ambiente, uma agência ligada ao Banco Mundial que financia iniciativas de desenvolvimento sustentável em vários países.

“Fizemos parcerias no Brasil e no exterior para montar o ônibus e transferir tecnologia para o país porque no início o projeto era para comprar os ônibus prontos na Europa. O argumento foi que o Brasil é o maior produtor de ônibus do mundo e temos uma longa tradição na indústria de carrocerias de ônibus”, explicou à Agência Fapesp Carlos Zündt, gerente de planejamento da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (Emtu), ligada à Secretaria dos Transportes Urbanos do Estado de São Paulo.

O órgão ficou responsável pelo desenvolvimento e gerenciamento do projeto e vai colocar o ônibus a hidrogênio no corredor metropolitano exclusivo de 33 km. O veículo vai trafegar 250 km por dia e emitir apenas água em forma de vapor.

Uma série de experimentos com ônibus e carros movidos a hidrogênio tem sido realizada pelo mundo, principalmente nos países desenvolvidos. A experiência brasileira é vista como de fundamental importância, porque os derivados de petróleo além de emitirem poluentes, tendem a escassear no futuro, pois as reservas de óleo e gás natural são finitas, tanto pelo esgotamento de anos de exploração como pelo aumento do consumo mundial.

Caso obtenha sucesso, a tendência é a de que mais veículos à base de hidrogênio sejam implantados em São Paulo, maior metrópole brasileira e uma das cidades mais poluídas do mundo.

*Com informações da Agência Fapesp

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