Mônica Bergamo
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A Prefeitura de SP e entidades ambientalistas apresentam hoje representação contra o governo brasileiro na OEA (Organização dos Estados Americanos) por desrespeito aos direitos humanos e violação de pactos internacionais por ter postergado a distribuição de diesel menos poluente para abastecer a frota brasileira, prejudicando a saúde dos moradores das grandes cidades. O alvo é a Petrobras, responsável pelo combustível.
DE FORA PARA DENTRO
Além da prefeitura, que assina a representação por meio da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, endossam o documento entidades como o Fórum Paulista de Mudanças Climáticas Globais e de Biodiversidade, o Idec (Instituto de Defesa do Consumidor), a Fundação SOS Mata Atlântica e o Greenpeace. A iniciativa faz parte de uma ofensiva para constranger a Petrobras em organismos internacionais. ONGs lideram, por exemplo, campanha questionando a inclusão da estatal no Índice de Sustentabilidade da Dow Jones, que reúne companhias reconhecidas por sua responsabilidade social e ambiental.
NO PRAZO
A Petrobras tem reafirmado que "nunca descumpriu a resolução 315 do Conama [que estabelecia prazos para a adoção do combustível com menos enxofre]" e que o debate sobre a qualidade do ar está se realizando de forma leviana, com inverdades e antiética.