São Paulo está em 151º lugar em número de adolescentes assassinados no país, com um índice de 1,4 mortes em cada mil adolescentes com idade entre 12 e 18 anos. O Índice de Homicídios na Adolescência (IHA) foi divulgado nesta terça-feira ( 21/7) e faz parte do estudo realizado pela Secretaria Especial de Direitos Humanos em parceria com Observatório de Favelas, Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e Laboratório de Análise da Violência da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj). Foram avaliadas as 267 cidades brasileiras com mais de 100 mil habitantes.
O IHA mede a probabilidade de um adolescente ser assassinado. O levantamento estima que 33.504 adolescentes brasileiros serão mortos em um período de sete anos, que vai de 2006 a 2013. A estimativa foi feita baseada em dados de 2006, levando em conta a hipótese de que as condições observadas naquele ano sejam mantidas.
O valor médio do IHA no Brasil é de 2,03. Significa que de cada mil adolescentes, 2,03 serão vítimas de homicídio antes de completar os 19 anos. Foz do Iguaçu é a cidade com maior índice do país (9,7). Entre as capitais brasileiras, cidade de Maceió é lidera a lista com média de 6,03.
O estudo também revelou que o risco de um jovem negro ser assassinado no Brasil é 2,6 vezes maior do que um branco. Para adolescentes do sexo masculino, o risco de ser assassinado é 11,9 vezes maior em comparação ao de mulheres na faixa de 12 a 18 anos.
Meninos, negros e moradores de favelas ou de periferias dos centros urbanos são as maiores vítimas de homicídios no Brasil, segundo a coordenadora do Programa de Redução da Violência Letal do Observatório de Favelas, Raquel Willadino.