Gabriela Gasparin
do Agora
Para comprovar o impacto da lei antifumo no Estado, a Secretaria de Estado da Saúde iniciou um estudo que medirá a qualidade do ar em bares, restaurantes e baladas da capital antes e depois de a nova legislação entrar em vigor, o que ocorrerá dia 7.
Os resultados serão comparados com índices de mortalidade por problemas cardiovasculares do SUS (Sistema Único de Saúde) na cidade para verificar se há relação entre poluição do ar e morte por problemas cardíacos.
Para isso, cem pesquisadores do Centro de Vigilância Sanitária estão registrando índices de monóxido de carbono no ar de 840 estabelecimentos, escolhidos aleatoriamente, desde 24 de julho. Três meses após o início da lei, haverá nova medição. As visitas acontecem de quinta a domingo, das 21h às 3h.
A expectativa, segundo a cardiologista Jaqueline Issa, do Incor (Instituto do Coração), é que caia tanto o índice de poluição como as mortes por problemas cardíacos.
Segundo ela, há baladas que registram 14 ppm (partes por milhão) de monóxido de carbono no ar, nível equivalente ao da marginal Tietê. Pessoas saudáveis ficam bem em ambientes com até 9 ppm, e as vulneráveis (idosos, crianças e portadores de doenças, por exemplo), com até 4 ppm.