Uma semana após entrar em vigor, o secretário municipal dos Transportes de São Paulo, Alexandre de Moraes, afirmou que a restrição aos veículos fretados "veio para ficar" e que a regulamentação foi necessária porque o setor "está totalmente bagunçado". Em entrevista ao programa "Roda Viva", da TV Cultura, Moraes afirmou que não é possível olhar apenas uma minoria –que utiliza o transporte– para "administrar quase 7 milhões de pessoas".
A medida entrou em vigor na segunda-feira (27) passada e impõe que os fretados não trafeguem na ZMRF (Zona de Máxima Restrição de Fretados) –área de 70 km2– de segunda a sexta, das 5h às 21h. Entretanto, as restrições tem causado uma série de protestos na cidade.
"O que a prefeitura está fazendo é garantir uma regulamentação para um setor, que está totalmente bagunçado. Não há uma proibição dos fretados, mas uma regularização", afirmou o secretário.
Para Moraes, o maior problema deste tipo de transporte são os ônibus clandestinos. "O que há e vai continuar acontecendo é uma proibição do chamado pinga-pinga. São ônibus que fazem o transporte clandestino e queriam parar de ponto em ponto, pegando pessoas, deixando passageiros e atrapalhando o transporte público em São Paulo. As pessoas têm que entender isso, porque vivem em sociedade. Não podem usar o fretado com um táxi grande", disse.
Questionado se trocaria seu carro pelo transporte público, Moraes respondeu que sim, "se tivéssemos bons corredores, Metrô, linhas rápidas". "E esse é o desafio. Quando há esse oferecimento as pessoas vão. Hoje seria uma hipocrisia minha dizer que não ando de carro oficial", disse.
Mais cedo, a secretaria informou que a prefeitura já autorizou 1.440 fretados a circularem na área de restrição a esse tipo de veículo no centro expandido da cidade.