O Movimento Nossa Ilha Mais Bela vem promovendo várias iniciativas para marcar posição contrária à ampliação Porto de São Sebastião, proposta pela Companhia docas de São Sebastião (CDSS).
De acordo com o presidente do Instituto Ilhabela Sustentável, Georges Henry Grego, a ampliação geraria grande impacto social, pois aumentaria em 42 vezes a capacidade de operação do porto, e não virá acompanhada de projetos de infra-estrutura e de serviços públicos, como escolas, hospitais e saneamento básico. Também haveria impacto ambiental porque o projeto prevê o aterramento do da Enseada do Araçá, onde está o único remanescente de mangue no Canal de São Sebastião, e a movimentação de cargas somente por caminhões, sem considerar a alternativa ferroviária.
Para mobilizar a sociedade contra a proposta, o Nossa Ilha Mais Bela está coletando apoios em um abaixo-assinado disponível em http://www.abaixoassinado.org/assinaturas/assinar/4705.
No último dia 6 de agosto foi realizado um encontro no Instituto Oceanográfico da USP, em São Paulo, no qual estiveram presentes cerca de 270 pessoas, incluindo o prefeito de Ilhabela. Os ambientalistas Eduardo Hipólito do Rego e Ricardo Anderáos explicaram de que forma a sociedade pode atuar para conseguir modificar os atuais moldes propostos pela Cia. Docas de São Sebastião, que prevê a utilização de containeres.
No encontro também se apresentou o consultor portuário José Nolasco, que acredita que o projeto vai gerar o congestionamento das estradas com um fluxo médio de mais de mil containeres por hora. Nolasco sugeriu que o Porto de São Sebastião siga sua vocação natural, que é o recebimento de cargas de granel líquido, com transporte por dutovias, atendimento ao Pré-sal, serviço de grande relevância e impacto positivo na economia local e regional e recebimento de navios de passageiros.
O prefeito de Ilhabela, Toninho Colucci, mostrou-se preocupado com os rumos tomados pelo projeto e afirmou que além de ações técnicas, é muito importante que se realizem ações políticas.