Moradores da Penha pedem criação de zonas industriais e canalização de córregos


Francisco de Souza

Dando continuidade as audiências públicas do Plano Diretor nas 31 subprefeituras da cidade, a Câmara Municipal de São Paulo promoveu nesta quarta-feira (12/8) o debate da Subprefeitura Penha, no CEU Quinta do Sol, no distrito Cangaíba. A criação de uma zona industrial para atrair investimentos e gerar empregos e a redução da área permeável na Penha foram deram o tom da reunião que durou cerca de duas horas e meia.

A abertura dos trabalhos coube ao presidente da Comissão de Política Urbana da Câmara Municipal, vereador Carlos Apolinário, que passou a palavra ao relator do projeto de revisão do Plano Diretor (0671/2007) vereador José Police Neto.

Uma representante do governo fez a apresentação em data-show do Plano Regional Estratégico da Penha, juntamente com as propostas de revisão. Em seguida, o público inscrito teve cinco minutos para fazer suas observações a respeito dos planos e suas revisões.

O engenheiro Reinaldo Martines Ruiz, que é coordenador do FUSPE – Fórum Urbanístico da Subprefeitura Penha (entidade autônoma, criada em 2003 para fiscalizar a implantação dos planos diretor e regional da Penha) e membro do Conselho Municipal de Política Urbana, falou da necessidade de se criar zonas industriais na região e alertou para necessidade de se fazer uma operação urbana na avenida Celso Garcia, que termina na Penha, antes da implantação do futuro corredor de ônibus.

A arquiteta Ângela Calábria, que também é do FUSPE, reiterou o pedido para criação de uma zona para indústrias não poluidoras e chamou a atenção para o desaparecimento gradual de áreas permeáveis, por conta do coeficiente de área construída: 70% em relação ao tamanho do terreno – pouco segundo a arquiteta.

Assim como o coordenador do FUSPE, o engenheiro Vagner Landi, da distrital Tatuapé da Associação Comercial de São Paulo, assim como havia feito na Audiência Pública da Mooca, também reivindicou pediu uma operação urbana na avenida Celso Garcia e sugeriu a construção de um túnel ligando esta avenida a Amador Bueno daVeiga, que pelo Plano Diretor sofrerá uma operação urbana. “O túnel começaria na Ladeira da Penha e terminaria junto ao cemitério na Amador Bueno. Desta forma, você melhoraria em muito o trânsito do centro da Penha, atrairia investimentos de empresas de comércio e serviços, e desenvolveria a grande vocação da Penha, que é o turismo religioso, com as igrejas históricas que o bairro possui”, disse.

Outras pessoas inscritas aproveitaram a presença do subprefeito Cássio Loschiavo e mais seis vereadores para fazer reivindicações, entre as quais: canalização do Córrego Ponte Rasa, que liga os distritos Artur Alvim e Cangaíba e de outro sem nome, que fica vizinho ao CEU da Vila Císper; regularização fundiária e melhoria da infraestrutura do Jardim Canaã; ampliação do Parque Linear Tiquatira, que hoje termina na divisa dos distritos Penha e Cangaíba, mas pelo projeto original deveria seguir até o distrito Artur Alvim; urbanização da Favela de Vila Silvia.

Calendário de audiências públicas do Plano Diretor

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