Número de estabelecimentos penalizados por desrespeito à lei do silêncio noturno na capital já é o maior dos últimos cinco anos
São Paulo está mais barulhenta. E não é só por causa dos motores e das buzinas nas ruas. Os ruídos, agora, também têm vindo mais frequentemente de dentro dos imóveis. Com uma agravante: durante a madrugada.
A situação se traduz no número de multas a estabelecimentos que desrespeitaram a lei do silêncio depois da 1h entre janeiro e julho. Foram 417, o que já faz deste o ano com mais autuações desde 2005, quando os dados da atual gestão municipal passaram a ser contabilizados.
Segundo a Secretaria de Coordenação das Subprefeituras, em todo o ano passado ocorreram 254 penalizações, e, em 2007, 412. Em 2006 e 2005 foram expedidas, respectivamente, 127 e 158 multas.
"Os bares lideram especialmente por deixarem a música no último volume", diz o coronel Wanderley Pereira, diretor do Programa de Silêncio Urbano (Psiu), da prefeitura.
Foram fechados 66 estabelecimentos por reincidência nos sete primeiros meses do ano. No total, a prefeitura recebeu 19.873 reclamações. l
Psiu não atende reclamação sobre fumante na calçada
O Programa de Silêncio Urbano (Psiu) ainda não multa bares, restaurantes e boates que mandam clientes fumarem na calçada devido à lei antifumo.
Com a entrada em vigor da proibição, no último dia 7, vizinhos desses estabelecimentos reclamam do aumento do ruído nas ruas durante a noite.
"Nesses casos, é recomendável fazer a queixa para a polícia", diz o coronel Wanderley Pereira, diretor do Psiu.
A prefeitura já admite a possibilidade de estender a fiscalização do programa para as calçadas. Se for constatado que o barulho é provocado por clientes de um estabelecimento, ele será multado. A mudança depende da análise das reclamações recebidas após a lei antifumo.
(Caio do Valle)
