Vagner Magalhães
Direto de São Paulo
O trajeto de ida e volta entre a residência e a atividade principal do paulistano está cada vez mais demorado e atingiu, na média, 2 horas e 43 minutos. A conclusão é da pesquisa encomendada ao Ibope pelo Movimento Nossa São Paulo, divulgada nesta sexta-feira na capital paulista. Nesta mesma época do ano passado, o trajeto era cumprido em 2 horas. Em 2007 era necessária 1 hora e 40 minutos. Foram ouvidas 805 pessoas entre os dias 28 de agosto e 1º de setembro. A margem de erro é de, no máximo, três pontos percentuais.
Ao mesmo tempo que o paulistano se diz insatisfeito com o trânsito – 47% o consideram péssimo -, mais gente está motorizada. Em um ano, saltou de 37 para 50% o número de paulistanos que afirmam possuir um ou mais veículos em casa. Mais de um terço deles (37%) compraram veículos nos últimos 12 meses. De zero a dez, o paulistano dá nota 3 para o trânsito, média semelhante à de anos anteriores.
Quanto à aplicação de recursos governamentais em obras de infraestrutura, 89% dos entrevistados dizem concordar com a construção de novas pistas na Marginal Tietê, que devem custar em torno de R$ 1,3 bilhão. Porém, 56% acreditam que o dinheiro utilizado na obra deveria ser direcionado à ampliação da rede do Metrô.
Do ano passado para cá cresceu o número de usuários que fazem uso diário de ônibus (20 para 28%), Metrô (6 para 13%) e trem (de 3 para 5%). Entre os que usam carro diariamente, o número se manteve estável em 29%.
Dois temas dividem os entrevistados: a proibição dos fretados e a liberação do mototáxi na cidade. Apesar de 57% dos entrevistados afirmarem que não usariam o serviço de mototáxi, apenas 48% se disseram contra o serviço, contra 50% favoráveis. A pesquisa mostra que 37% utilizariam o serviço.
Quanto à circulação de ônibus fretados no centro expandido da cidade, 47% são a favor da medida e 51% são contra. Entre os entrevistados, 52% seguem favoráveis ao rodízio de dois dias na capital.
Do total de pesquisado, 26% são contrários à criação do pedágio urbano. Entre os motoristas, esse número sobe para 29%. A poluição na cidade é um problema muito grave ou grave para 92% dos ouvidos.
De acordo com a poesquisa, cresceu a disposição dos paulistanos em deixar o carro em casa. O percentual passou de 44 para 47% do ano passado para este.
Redação Terra