Apesar de ter crescido a frota de veículos, a cidade de São Paulo registrou queda de 7% no número de acidentes de trânsito fatais no primeiro semestre deste ano, em relação ao mesmo período de 2008. Somente as mortes por atropelamentos cresceram 4,36%, de acordo com as estatísticas da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) divulgadas no Jornal da Tarde.
As mortes em acidentes com motocicleta caíram abaixo da média geral: 9,3%, a maior baixa desde 2005, embora as ruas da cidade tenham ganhado mais 70,6 motos a mais no primeiro semestre de 2009. Dados anteriores a 2005 não estão disponíveis. Leia abaixo a reportagem do JT.
"Acidentes caem após três anos" – Jornal da Tarde
Pela primeira vez desde 2005, a capital registrou queda no número de acidentes fatais envolvendo motocicletas. No primeiro semestre deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado, houve redução de 9,3%, mesmo com o crescimento da frota. Nesse período, 70,6 mil motos a mais entraram em circulação na cidade. As estatísticas anteriores a 2005 não estão disponíveis.
Segundo a superintendente de segurança e educação da Companhia de Engenharia de Tráfego(CET), Nancy Schneider, a redução de mortes entre motociclistas é resultado das ações educativas que começaram a ser realizadas há quatro anos nas empresas de motofrete, aliadas ao impacto da Lei Seca e ao reforço na fiscalização. “A velocidade é responsável por quase metade dos acidentes. Com a implantação dos equipamentos de fiscalização, tivemos uma queda brusca no número de acidentes”, disse. “Cada vez que temos um marco de conscientização, como a Lei Seca, temos um reflexo imediato nas estatísticas.”
O diretor da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego, Dirceu Rodrigues, credita a melhora a outro fator: o congestionamento. Segundo ele, com os carros parados no trânsito, os choques são leves. “O motoboy continua trafegando com velocidade, mas os outros veículos estão parados e isso influencia na fatalidade dos acidentes.”
No primeiro semestre deste ano, o índice geral de mortes no trânsito caiu 7% na capital. O único que não apresentou redução foi o de atropelamentos (leia acima). Entre janeiro e junho, 690 pessoas perderam a vida nas ruas da cidade – o que representa, em relação à frota, 2,16 mortes por 10 mil veículos. A meta da Secretaria Municipal de Transportes é chegar em 2014, ano da Copa do Mundo, com índice de 1,14, semelhante ao de países desenvolvidos.