Alternativas de energia para o transporte na cidade são abordados em evento

 

As alternativas de energia renovável para mover os veículos no transporte coletivo e individual e reduzir as emissões de CO2 foram o foco principal do evento “Desafios para a Mobilidade Sustentável na Cidade de São Paulo”, nesta quinta (24/9). Por iniciativa da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente em parceria com a AES Eletropaulo, o painel foi o primeiro de uma série para debater mobilidade e meios de transporte na cidade com base na Lei Municipal de Mudanças Climáticas, sancionada em junho deste ano. A lei estabelece como meta a redução de 30% das emissões de gases de efeito estufa na cidade até 2012.

As exposições do período da manhã enfatizaram as vantagens do trólebus (inclusive dos veículos híbridos, movidos a energia elétrica e combustão) e do programa de revitalização dos veículos na cidade, do transporte sobre trilhos (expansão das linhas de metrô e da CPTM), da integração do transporte coletivo e até da bicicleta elétrica, utilizada pela empresa Porto Seguro para prestar atendimento rápido aos usuários segurados com problemas nos carros.

No painel da tarde, montadoras apresentaram as vantagens do carro movido a eletricidade ou híbrido (combustível e energia), por ter emissão bem reduzida de CO2 (no caso do totalmente elétrico a emissão é zero) e ruído apenas no contato dos pneus com o solo.

No Brasil, o carro elétrico já é produzido pela Fiat, e possui capacidade de força de um motor 1.0 e atingir velocidade máxima de 100 km por hora. A fábrica estima entregar 50 unidades até o meio de 2010. Outras montadoras, como Toyota e Renault/Nissan também apresentaram a tecnologia que vêm desenvolvendo em veículos elétricos. O representante da Renault anunciou que vai começar a produzir carro elétrico em escala de mercado no segundo semestre de 2010.

Coube a Samir Nunes, da empresa Motor Z, apresentar os desafios a serem superados para viabilizar o uso em massa do veículos elétricos. Alguns se referem às baterias que armazenam a energia como melhora na relação custo/desempenho e na necessidade de padronização de tecnologia. Outros desafios destacados se referem à infraestrutura no país para atender a demanda, como a instalação de estações de carga em residências, comércios e indústrias; sistema de tarifação; implantação de estações públicas de recarga rápida, ajustes na rede de distribuição de energia. Nunes citou uma estimativa de que até 2015 deverá haver mais de 5 milhões de eletropostos instalados no mundo.

O Secretário de Planejamento, Manuelito Magalhães Junior, destacou que tem adotado instrumentos legais para incentivar o uso de energias renováveis, previstos na Agenda 2012 (programa de metas), Lei de Mudanças Climáticas, e no projeto de revisão do Plano Diretor Estratégico.

Representando o grupo de montadoras, o vice-presidente da Anfavea pediu, ao final do evento, que a prefeitura reserve várias cadeiras para o setor no comitê, que foi criado por decreto no dia 22 de setembro. Pelo decreto, a Anfavea terá uma das 11 cadeiras previstas no comitê para organizações empresariais, de classe e da sociedade civil.

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