Passagem está asfaltada, mas licitação foi contestada na Justiça
Renato Machado
Projeto mais antigo e teoricamente o mais fácil de ser concluído, o corredor Diadema-Brooklin deve encerrar mais uma gestão no papel. As primeiras obras dos quase 12 km de extensão começaram em março de 1986. Grande parte do viário está pronta, não há desapropriação a ser feita e o Estado destinou os recursos necessários. Mas desde julho a licitação está parada na Justiça.
A Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) abriu licitação em junho para as obras que ainda faltam. Em praticamente toda a extensão do projeto as faixas exclusivas para os ônibus já estão concretadas – enquanto o restante da via é de asfalto, os corredores têm o piso de concreto para diminuir o impacto nos passageiros. Por isso, serão necessários R$ 27 milhões – 10% do Guarulhos-Tucuruvi.
A licitação foi aberta em junho e 13 consórcios participaram da disputa. Após a primeira análise, nove foram habilitados para continuar no processo, mas dois que ficaram de fora entraram com ações judiciais questionando os critérios técnicos. A Justiça acolheu os pedidos e concedeu liminares em julho barrando o processo.
O plano inicial da EMTU era começar os trabalhos em agosto do ano passado. Há chances de esse corredor ser entregue até o fim do próximo ano, mas para isso a liminar teria de ser derrubada ainda neste ano. No entanto, ainda não há previsão para que o recurso seja julgado – a Justiça solicitou à EMTU todos os relatórios técnicos, que serão analisados antes de uma nova decisão.
O projeto do Diadema-Brooklin prevê cinco estações de transferência – com Metrô e com a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) – e 18 pontos. As obras devem durar entre oito e dez meses.
ITAPEVI
O projeto do corredor Itapevi-São Paulo é mais recente e também considerado de fácil conclusão. Estão previstos 33 km de vias – e um primeiro trecho de 5 km deve ser entregue até o fim do ano. "Vamos inaugurar o trecho entre Itapevi e Jandira, que é o mais complicado, porque ainda não há estrutura. Os próximos passos serão mais fáceis, porque já existe um viário até a capital", diz o diretor-presidente da EMTU, Julio Antonio de Freitas.