Articulação entre poder público e sociedade civil para identificar e fortalecer o caráter educativo das iniciativas que levam ao desenvolvimento local. Esse é o resumo da proposta do Programa Município que Educa, divulgado em um encontro Intermunicipal nesta quarta (28/10). O Encontro reuniu principalmente educadores e gestores da área de educação, inclusive representantes de secretarias de 18 cidades do Estado de São Paulo.
“O município que educa é aquele que reconhece e potencializa a dimensão educativa e coletiva das iniciativas de desenvolvimento local”, afirmou Paulo Roberto Padilha ao apresentar o programa no encontro. De acordo com Padilha, é possível desencadear o processo educativo com a sociedade local a partir de pequenas ações e projetos da gestão pública que atendam as demandas da comunidade, como obras de urbanização, por exemplo.
O programa é uma iniciativa do Instituto Paulo Freire. Inclui a realização de fóruns, encontros, assessorias, cursos de formação e uma rede social na internet. Esse conjunto de ações visa a construção de uma nova forma de gestão pública municipal, seguindo as seguintes bases: valorização da dimensão educativa das ações governamentais e não-governamentais, fortalecimento dos processos participativos nas decisões, inclusão das comunidades urbanas e rurais, do centro e da periferia, incentivo à troca de conhecimento entre pessoas, instituições e municípios, utilização das redes sociais.
Ladislaw Dowbor, um dos palestrantes no encontro, disse que o conhecimento é o elemento que mais pesa no valor final das riquezas produzidas no mundo hoje. Como quem detém o conhecimento não perde esse “bem” ao transmiti-lo a outra pessoa, “estamos numa visão colaborativa da sociedade”, destacou Dowbor. E o gestor público deve ser “gestor do conhecimento” em um território, ou seja, deve promover a articulação dos sistemas de conhecimento.
Conheça os princípios orientadores, objetivos e estratégias do Programa Município que Educa
