Vereadores do PT querem CPI para investigar causas das enchentes em São Paulo

 

Dois pedidos de instalação de comissões parlamentares de inquérito já estão prontos para serem apresentados na Câmara Municipal.

A bancada de vereadores do Partido dos Trabalhadores (PT) anunciou que irá apresentar na Câmara Municipal dois pedidos de instalação de comissões parlamentares de inquérito (CPI) destinados a investigar as causas das enchentes na cidade de São Paulo. Os requerimentos, assinados pelos vereadores Antonio Donato e José Ferreira, o Zelão, já estão prontos para serem protocolados na Casa. 

O primeiro solicita uma CPI para investigar o assoreamento da calha do Rio Tietê, que na visão do partido de oposição ao prefeito estaria provocando inundações e prejuízos à população de vários bairros localizados em suas margens. “Diversos meios de comunicação noticiaram uma redução expressiva nos gastos com a limpeza da calha do Tietê”, afirma o líder da bancada, João Antonio.

A outra CPI a ser solicitada teria como foco de investigação a responsabilidade do poder público com os serviços de limpeza urbana, incluindo a desobstrução de galerias pluviais e bueiros. “Entre dezembro de 2009 e janeiro deste ano, pelo menos 180 ruas, avenidas e praças tiveram pontos de alagamento provocados pelo lixo acumulado, que impede o escoamento das águas da chuva”, argumenta o líder petista.

Além disso, de acordo com o parlamentar, os dados da execução orçamentária revelariam que houve pouco investimento da administração municipal em ações de prevenção às enchentes no município.

Dificilmente os pedidos de CPI da oposição serão aprovados pela Câmara Municipal, onde o prefeito, Gilberto Kassab, goza de ampla maioria. Os vereadores da base aliada têm afirmado nos debates em plenário que as enchentes são causadas pelo grande volume de chuvas e que o problema não é exclusivo da cidade de São Paulo. Para reforçar o argumento, estes parlamentares citam várias cidades administradas pelo PT, como Diadema e Osasco, que também estariam sofrendo a mesma situação.  

REPORTAGEM: AIRTON GOES airton@isps.org.br

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