DA REPORTAGEM LOCAL
A Secretaria de Verde e Meio ambiente da capital paulista pretende chegar à marca dos cem parques públicos na cidade até 2012. De 2005 para cá, foram criados 32.
"Teremos pelo menos uma área pública em cada um dos 96 distritos da cidade", afirma Eduardo Jorge, secretário da pasta. "Existem extensas áreas na zona leste sem parques."
Em vez dos 11,6 m2 de área verde por habitante, número publicado pela própria prefeitura no site Infocidade, Jorge usa sempre o número de 58 m2 por habitante hoje na cidade.
Os índices, porém, indicam realidades distintas. O segundo considera toda a área verde paulistana. O primeiro leva em conta só áreas de parques públicos e praças, ou seja, aquelas que oram efetivamente pensadas para fomentar o verde.
"Essas metodologias são sempre discutíveis", diz Jörg Spangenberg, arquiteto especialista no estudo de áreas verdes. "Mesmo aquela história dos 12 metros quadrados por habitante, que teria sido declarada como ideal pela ONU, não existe", diz Spangenberg. "A relação ótima é sempre relativa".
Os números gerais para a cidade também escondem disparidades. Enquanto a região da Subprefeitura da Cidade Ademar tem 0,66 m2 de áreas verdes em parques ou praças por habitante, em Parelheiros, o número sobe para 197,17 m2.
O fato, diz Spangenberg, é que a qualidade do verde de São Paulo precisa melhorar. O "enverdecimento" da cidade deveria ser uma obsessão de todos. "Apesar de os novos parques ajudarem muito, eles não serão suficientes", afirma.
Também será necessário, de acordo com ele, investir na vegetação embrenhada nos bairros do município. A solução é criar "fachadas e telhados verdes, além de jardins verticais".