Ana Bizzotto e Cristiane Bomfim – O Estadao de S.Paulo
O Movimento Nossa São Paulo divulgou ontem o resultado de um cruzamento de dados entre indicadores da capital, os anseios da população e as metas propostas pela Prefeitura na Agenda 2012. O Programa de Metas atende às exigências de uma emenda à Lei Orgânica do Município aprovada em 2008.
"É a primeira vez que São Paulo tem um plano de metas e, talvez por isso, há ainda muitas falhas", afirma o coordenador geral da entidade, Oded Grajew. Um dos problemas apontados é a ausência de propostas que contemplem todas as subprefeituras e distritos.
O material, segundo ele, é um diagnóstico completo da cidade. Foram avaliados 170 itens que abrangem todas as secretarias. "O material será entregue ao prefeito e a todos os secretários", diz Grajew. Quanto ao cumprimento das metas, ele afirma que, se fosse Kassab, estaria preocupado. "Sete metas é um número muito pequeno, mas temos de dar um voto de confiança."
Para o coordenador, o programa de metas oferece à sociedade dados objetivos sobre a gestão. "Ela não vai avaliar um político por ser simpático ou sorridente. Os partidos terão de se preparar mais para apresentar os projetos, em vez de promessas vagas."
O secretário municipal de Planejamento, Rubens Chammas, diz ser fundamental que as pessoas acompanhem o programa, mas faz ressalvas. "Nada melhor que ter a população como fiscal. Mas a gente não pode transportar para o programa de metas os anseios da população. Não vou dizer que é infinita, mas a demanda da população é muito superior às condições orçamentárias. Por isso, a lei é clara: metas objetivas, claras e exequíveis."