Secretaria Municipal de Transportes anunciou em 2009 construção de 54 km de pistas até junho, mas obras nem sequer começaram
A três meses do prazo prometido pela prefeitura para entrega de 54,5 km de pistas de ciclovia na cidade, as obras nem sequer saíram do papel. Os novos trechos ficam na periferia, onde há mais demanda por transporte por bicicleta, segundo pesquisa feita pela CET.
Se ficassem prontas, as pistas para bicicletas na capital mais que dobrariam (veja quadro abaixo). As ciclovias serão construídas no Jardim Helena (zona leste), no Jardim Brasil (zona norte) e no Grajaú-Cocaia (zona sul), conforme anunciou a Secretaria Municipal de Transportes em agosto de 2009. As obras seriam entregues até junho deste ano.
Ate agora, porém, o trecho do Jardim Helena é o único que já tem projeto. Mesmo assim, não há previsão de quando a obra deve começar. O trajeto de 25,5 km custará R$ 11 milhões e ligará as estações São Miguel Paulista da CPTM e Itaquera do Metrô.
Outro projeto será do circuito Jardim Brasil, que deve ser elaborado no segundo semestre. Com 17 km de extensão, ligará ruas próximas à rodovia Fernão Dias (divisa com Guarulhos) à estação Tucuruvi do Metrô, com custo de R$ 5,1 milhões.
O maior atraso acontecerá na ciclovia Grajaú-Cocaia, cujo projeto ficou para 2011. A previsão é de que sejam construídos 12 km da estrada do Cocaia até a estação Grajaú da CPTM.
De acordo com a CET, o prazo divulgado em agosto do ano passado foi "superestimado pela prefeitura".
Radial Leste
A ciclovia Caminho Verde, na Radial Leste, também está atrasada. O governo estadual havia prometido a entrega do último trecho de 2,2 km, que vai da estação Vila Matilde do Metrô até o viaduto Aricanduva, para março. A faixa, porém, ainda está em obras e só deve ficar pronta no fim do 1º semestre. Quando for entregue, a pista ligará as estações Corinthians-Itaquera e Tatuapé do Metrô. l
Inaugurada há um mês, pista já tem buracos
A ciclovia da Marginal Pinheiros, inaugurada em fevereiro, já tem problemas. São pelo menos seis buracos ao longo dos 14 km da via, três deles com mais de um metro.
A CPTM informou ao jornal Agora que a manutenção do trecho é feita periodicamente. A ciclovia ganhou uma terceira entrada, na estação Jurubatuba, na 5ª-feira. Antes, o acesso só era possível nas duas extremidades.
